A Vigilância Sanitária atestou, ontem, que 57 das 107 amostras de água de abastecimento distribuídas pela Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae) estavam limpas. A coleta, realizada em 15 bairros, procura avaliar a qualidade da água nos locais em que houve relatos de mudança de coloração, odor e sabor, desde segunda-feira.
Na terça-feira, a Cedae divulgou, após análises, a presença de Geosmina na água, substância produzida por algas, mas que "não representa risco à saúde", segundo a companhia. Apesar disso, a Agência Reguladora de água do Estado do Rio (Agenersa), abriu, ontem, um processo contra a companhia.
Prazo para exigências
A Cedae tem até cinco dias para atender às demandas da Agenersa, entre elas apresentar informações sobre as inspeções, além dos resultados das análises microbióticas e o certificado das inspeções de higienização de caixas d'água e cisternas. Caso a companhia não se pronuncie, ou seja comprovada falha em seus procedimentos, deverá pagar multa de até R$ 5 milhões.
Ainda ontem, o Procon do Rio anunciou que vai instaurar um Ato de Investigação Preliminar e oficiar a Agenersa. Segundo o órgão, os consumidores que se sentirem afetados podem reclamar no Procon ou procurar apoio no Poder Judiciário.