As Clínicas da Família enfrentam remanejamento de pessoal e equipamentos sem aviso prévio ou previsão de reposição. A Clínica da Família Souza Marques, no Campinho, e o Centro Municipal de Saúde Clementino Fraga, em Irajá, perderam estrutura para a inauguração de clínicas da família, e devem atender a mesma população com quadro reduzido.
Para a abertura da Márcia Mendes, em Campinho, duas equipes de Saúde da Família e uma de Saúde Bucal da Clínica Souza Marques foram realocadas. Segundo um funcionário, uma equipe foi alocada apenas para a inauguração e, em seguida, transferiram os profissionais definitivos, com o mobiliário dos consultórios. Segundo funcionários, aparelhos de raio-x e ultrassom da Márcia Mendes não funcionam e, sem Internet, não há como ver prontuários.
A Clínica da Família Souza Marques opera com 4 médicos para 7 equipes e sem previsão de contratações. O fechamento da Clínica da Família Maury Alves, em Vargem Pequena. A unidade foi interditada pela Defesa Civil há duas semanas por problemas estruturais, e não há previsão para a reabertura. O mobiliário foi levado para a Clínica da Família Lourival Francisco, inaugurada em 4 de julho na Cidade de Deus.
A Secretaria Municipal de Saúde informa que transferência de equipes não vai prejudicar a população.
Condições precárias no Clementino Fraga
Para funcionários do Centro Municipal de Saúde Clementino Fraga, em Irajá, que sofreu com a realocação de cadeiras para a inauguração da Clínica da Família Engenheiro Paulo D'Aguila, em Marechal Hermes, a situação é alarmante. "A estrutura física está muito precarizada. Temos aparelhos de ar-condicionado quebrado, computadores estragam e ficam sem reposição, vivemos sem água porque há problemas na bomba. A unidade vem se deteriorando há três anos", diz um servidor. Segundo a SMS, não há problemas de falta d'água e o conserto da bomba está sendo providenciado, assim como o conserto do ar-condicionado e a aquisição de computadores.