Rio - Investigado pela morte da funkeira, Fernanda Rodrigues, a MC Atrevida, durante um procedimento estético, o médico Wilson Ernesto Garlaza Jara prestou depoimento na tarde desta segunda-feira (3), na 20ª DP (Vila Isabel).
Em uma cadeira de rodas, o médico, que é equatoriano, não falou com a imprensa. Segundo o advogado de defesa, Carlos Costa, ele está debilitado por conta da recuperação de um AVC, motivo de ter faltado o primeiro depoimento, na semana passada.
"Eu comuniquei à polícia que ele não se encontra em condições psicológicas, não está lúcido, porque sofreu dois AVCs três dias depois do procedimento. Mas o trouxemos para mostrar nossa boa vontade", argumentou Carlos. "Ele pouco pôde acrescentar sobre o episódio envolvendo a Fernanda, disse apenas que não se lembra de ter acontecido nenhum evento problemático no procedimento", completou o advogado.
Ao delegado titular, André Neves, o médico disse ter realizado mais de 4.600 procedimentos similares e disse que "ela morreu porque tinha que morrer, já que são circunstâncias da vida". "Estamos aguardando resposta oficial do Conselho Regional de Medicina e vamos colher outros depoimentos. Se ficar constatado que ele não tinha expertise para realizar um procedimento cirúrgico, a investigação pode ir por essa linha de não só um erro médico, como a imputação de um fato delituoso", pontuou o delegado.
MC Atrevida, de 43 anos, morreu no último dia 27 após realizar hidro-lipoaspiração e enxerto nos glúteos na clínica Rainha das Plásticas, em Vila Isabel.