Os manifestantes pró-democracia foram às ruas nesta sexta-feira (23) em Mianmar para exigir aos líderes asiáticos que "apoiem o povo birmanês", às vésperas de uma cúpula regional com a participação do líder da junta militar, Min Aung Hlaing.
O país está em crise desde o golpe militar de 1º de fevereiro que derrubou o governo civil de Aung San Suu Kyi. A junta reprimiu com violência o movimento de desobediência civil, que exige a restauração da democracia e uma maior participação das minorias étnicas no poder.
A repressão deixou um saldo de ao menos 739 mortes e a detenção de 3.300 ativistas, segundo organizações locais.
O general Min Aung Hlaing participa no sábado da cúpula especial dos 10 países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), dedicada à crise em Mianmar.
Sua participação na cúpula foi muito criticada pelos ativistas, grupos de defesa dos direitos humanos e pelo próprio governo paralelo criado recentemente por deputados do partido de Suu Kyi, que queriam comparecer à reunião.
Retorno das manifestações
Em Yangon, a capital econômica do país, os manifestantes voltaram a tomar as ruas do centro da cidade nesta sexta-feira, após uma pausa de várias semanas pelo medo da repressão.
Fazendo a saudação com os três dedos, símbolo da resistência, eles gritavam: "O que queremos? Democracia!", e exigiam a libertação de Suu Kyi, em prisão domiciliar desde o golpe de Estado.
Alguns manifestantes, procedentes de bairros próximos, erguiam cartazes fazendo apelos aos países vizinhos. Alguns deles diziam: "Asean, apoiem o povo birmanês" ou "Vocês precisam de mais sangue para tomar a decisão certa?"
A gestão da crise birmanesa pela Asean será "o desafio mais importante de sua história" segundo Emerlynne Gil, da Anistia Internacional.
"As autoridades indonésias e os outros membros da Asean não podem ignorar o fato de que Min Aung Hlaing é suspeito de graves crimes que preocupam a comunidade internacional em seu conjunto", acrescentou.
"Min Aung Hlaing, que é alvo de sanções internacionais pelo seu papel nas atrocidades militares e na repressão brutal dos manifestantes pró-democracia, não deveria ser bem-vindo em um encontro internacional para analisar uma crise que ele mesmo provocou", alertou Brad Adams, da Human Rights Watch.
O exército de Mianmar recorre cada vez mais à violência para reprimir as manifestações em massa contra a junta militar e cerca de 250.000 pessoas estão deslocadas, de acordo com o relator especial da ONU, Tom Andrews.
Apesar das condenações internacionais e das sanções impostas pelos países ocidentais, a junta continua agarrada ao poder em Mianmar.
O país está em crise desde o golpe militar de 1º de fevereiro que derrubou o governo civil de Aung San Suu Kyi. A junta reprimiu com violência o movimento de desobediência civil, que exige a restauração da democracia e uma maior participação das minorias étnicas no poder.
A repressão deixou um saldo de ao menos 739 mortes e a detenção de 3.300 ativistas, segundo organizações locais.
O general Min Aung Hlaing participa no sábado da cúpula especial dos 10 países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), dedicada à crise em Mianmar.
Sua participação na cúpula foi muito criticada pelos ativistas, grupos de defesa dos direitos humanos e pelo próprio governo paralelo criado recentemente por deputados do partido de Suu Kyi, que queriam comparecer à reunião.
Retorno das manifestações
Em Yangon, a capital econômica do país, os manifestantes voltaram a tomar as ruas do centro da cidade nesta sexta-feira, após uma pausa de várias semanas pelo medo da repressão.
Fazendo a saudação com os três dedos, símbolo da resistência, eles gritavam: "O que queremos? Democracia!", e exigiam a libertação de Suu Kyi, em prisão domiciliar desde o golpe de Estado.
Alguns manifestantes, procedentes de bairros próximos, erguiam cartazes fazendo apelos aos países vizinhos. Alguns deles diziam: "Asean, apoiem o povo birmanês" ou "Vocês precisam de mais sangue para tomar a decisão certa?"
A gestão da crise birmanesa pela Asean será "o desafio mais importante de sua história" segundo Emerlynne Gil, da Anistia Internacional.
"As autoridades indonésias e os outros membros da Asean não podem ignorar o fato de que Min Aung Hlaing é suspeito de graves crimes que preocupam a comunidade internacional em seu conjunto", acrescentou.
"Min Aung Hlaing, que é alvo de sanções internacionais pelo seu papel nas atrocidades militares e na repressão brutal dos manifestantes pró-democracia, não deveria ser bem-vindo em um encontro internacional para analisar uma crise que ele mesmo provocou", alertou Brad Adams, da Human Rights Watch.
O exército de Mianmar recorre cada vez mais à violência para reprimir as manifestações em massa contra a junta militar e cerca de 250.000 pessoas estão deslocadas, de acordo com o relator especial da ONU, Tom Andrews.
Apesar das condenações internacionais e das sanções impostas pelos países ocidentais, a junta continua agarrada ao poder em Mianmar.