Rio - A Polícia Civil vai ouvir nesta sexta-feira os familiares de Kathlen Romeu, de 24 anos. Os depoimentos dos pais, namorado e da avó da designer de interiores estão marcados para acontecer ainda pela manhã. Grávida 14 semanas, ela morreu depois de ser baleada durante um tiroteio no Complexo do Lins.
Investigadores da Delegacia de Homicídios da Capital querem entender como ocorreu o caso. Kathlen estava ao lado da avó, Sayonara Fátima, no momento dos disparos. Ela chegou a ser socorrida pelos PMs, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier.
A família contesta a versão dos policiais e diz que houve operação da PM na região. De acordo com o porta-voz da PM, major Ivan Blaz, os agentes disseram que foram atacados por bandidos. Eles negam que o tiro que atingiu a jovem teria partido do armamento usado por eles.
Blaz reforçou, em entrevista à TV Globo, que a PM tem sido atacada constantemente por traficantes ligados a principal facção criminosa que atua no Rio.
O QUE SE SABE
Segundo a DHC, 12 policiais militares já prestaram depoimento na delegacia. A Polícia Civil apreendeu os fuzis usados por eles na ação.
Em depoimento, um policial que não teve nome e patente revelados disse sete disparos de fuzil foram feitos durante a ação no Complexo do Lins.
A Polícia Civil tenta descobrir de onde partiu o tiro que a matou a jovem. A polícia já sabe que Kathlen Romeu foi baleado por um disparo de fuzil. A Polícia Militar abriu uma investigação interna para apurar o caso.