Rio - O corpo da diarista Alice Fernandes da Silva, de 51 anos, foi enterrado no fim da manhã deste sábado (11), no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste do Rio. Sob forte chuva, familiares e amigos se despediram da diarista Alice Fernandes, assassinada no Flamengo, junto à patroa, Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos. As duas foram encontradas mortas na quinta-feira (09) com os corpos carbonizados e os pescoços cortados.
Passava das 11h20h, quando o cortejo saiu da capela levando o caixão para ser sepultado. Ainda muito abalado, o porteiro Hilário Rodrigues Leite, 62 anos, viúvo de Alice, comentou: "É muito difícil. A gente não estava preparado para isso, não.É uma tristeza. A gente sai pra trabalhar e acontece tudo isso, mas queria agradecer à polícia, que agiu rápido, e também ao pessoal da imprensa, que ajudou divulgando tudo e cobrando respostas", disse ele. Os dois eram casados há oito anos e ele tem os filhos de Alice como seus: "Os meninos são ótimos. São os filhos que Deus me deu. E agora a gente vai seguir juntos, se apoiando, como sempre fez."
Diogo Fernandes da Silva, de 27 anos, filho do meio de Alice, afirmou que a família, agora, espera a prisão do outro envolvido na morte da mãe: "Que os culpados sejam todos presos. Eu confio, primeiramente, em Deus, e confio também nas autoridades competentes. Isso não vai trazer a minha mãe de volta, mas ameniza saber que a Justiça está sendo feita, né? Eles destruíram uma família, cara. É muita dor. É tudo muito difícil, mas a gente vai conseguir reconstruir tudo, de acordo com os ensinamentos que nossa mãe deixou."
Aline Fernandes, de 26 anos, filha caçula da diarista lembrou os ensinamentos deixados por Alice: "Minha mãe era puro amor. O legado da minha mãe é esse: o amor. Ela sempre me dizia assim: ‘se alguém te tratar mal, você não revida assim. Trate com o bem, sempre’. E a gente vai respeitar o legado dela, confiando na Justiça, sempre." Aline contou que tudo ainda parece um grande pesadelo e que quando acordar desse sonho ruim, vai ser a mãe, de novo. "É inacreditável. Muito doído."