Rio - A greve iniciada pelos rodoviários de Duque de Caxias e Magé, na Baixada Fluminense, nesta quarta-feira (24), causou transtornos aos passageiros na volta para casa. Os que optaram por voltar de trem também encontraram plataformas lotadas devido a uma manutenção emergencial na via, no trecho entre Central do Brasil e Gramacho. A SuperVia informou que temporariamente encontram-se suspensas as partidas de Saracuruna para Gramacho e de Gramacho para Central. A circulação do ramal será realizada apenas de Central para Gramacho e Gramacho para Saracuruna. Não há prazo para a regularização. No fim desta tarde, a categoria decidiu pela continuidade da greve nesta quinta-feira (25).
Um passageiro usou as redes sociais para mostrar a situação da plataforma do Maracanã, na Zona Norte do Rio. Ele aguardava o trem para Gramacho, na Baixada.
Sacanagem, @SuperVia_trens 40 minutos esperando o Gramacho. Estação do Maracanã Lotada pic.twitter.com/BUM8SX4BTh
— Henrique Guerra (@HenriqueGuer7) August 24, 2022
Rodoviários também foram às ruas de Caxias, durante a tarde para exigir reajuste salarial. Com gritos de "Amanhã não sai ninguém", os funcionários informaram que a greve vai continuar.
Veja o vídeo:
*Agora no centro de Caxias*
— INSTA:@Favela Caiu no Face (@favelacaiunofa1) August 24, 2022
Motorista de ônibus de greve ! pic.twitter.com/vrEmiOz7B2
Ao todo, 50% da frota de ônibus que roda dentro destes municípios, além dos que ligam as duas cidades a outros locais, não foram para as ruas. Por causa das longas filas e coletivos lotados, muitos precisaram fazer trajeto a pé para conseguir chegar ao trabalho no início da manhã.
Durante a tarde, a Prefeitura de Caxias havia informado que as empresas Santo Antônio e Trel haviam colocado 90% dos ônibus em circulação e que as demais, que exploram as linhas municipais, estão liberando seus veículos com a chegada dos rodoviários. Entretanto, o sindicato não confirmou a informação.
O que pede a categoria
O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Caxias e Magé estipulou na última quarta-feira (17) estado de greve, com paralisação marcada para esta quarta (24) por tempo indeterminado. Duas reuniões foram realizadas sem que chegassem a um número que agradasse a ambos. Uma das reivindicações é um reajuste de 11,71% no salário retroativo a junho. A última proposta apresentada pelas empresas foi um reajuste de 5%, que não foi aceito por eles.