Imagine uma escola sem salas de aula, quadros e até mesmo professores. Recém-chegada à Região Portuária, a escola francesa '42', especializada em tecnologia com foco em impacto social, é conhecida por usar um método próprio, onde os alunos repassam o conhecimento. Na preparação para o mercado de trabalho, eles criam soluções tecnológicas para problemas de empresas reais. A expectativa é que sejam formados 450 profissionais por ano. A participação será gratuita.
Esse tipo de formação está presente nos Estados Unidos, Romênia, Ucrânia, Rússia, África do Sul, Bélgica e Marrocos. O Brasil será o primeiro país da América Latina com uma unidade. "A cidade terá a oportunidade de incluir milhares de jovens a partir da tecnologia. É um presente para a educação brasileira e para uma geração que precisa estar capacitada para os tempos de recuperação econômica. Poderemos impulsionar a criação de startups cada vez melhores, mais inovadoras e escaláveis", diz Hector Gusmão, CEO da Fábrica de Startups Brasil, empresa responsável pela gestão da escola no país.
O que chama mais atenção no sistema de ensino é a maneira com que os alunos lidam com o aprendizado. A partir do peer-to-peer (P2P), conceito tecnológico onde os dados são passados diretamente de um ponto a outro, o conhecimento é transmitido pelos próprios estudantes. O formato é desenvolvido para solucionar situações reais, o que ajuda na familiarização com uma futura demanda.