Rio - Na próxima sexta-feira, começa a 14ª edição do Feirão Caixa da Casa Própria no Rio. Serão disponibilizadas 32.888 unidades entre novas, usadas e na planta. Os valores dos imóveis no Feirão variam de R$ 120 mil (o mais barato) até R$ 8,7 milhões. Mas, para adquirir um desses empreendimentos, o consumidor precisa ficar atento a alguns cuidados necessários.
Antes de comparecer ao Feirão, deve-se fazer pesquisa do mercado imobiliário da região pretendida. É o que orienta o advogado Luis Guilherme Russo, presidente da administradora de imóveis Irigon. O levantamento deve incluir a verificação dos valores dos empreendimentos de interesse, para saber se os descontos praticados no evento valem a pena.
"O ideal é visitar o empreendimento antes de fechar negócio. Assim, a estrutura do local e a vizinhança ficarão bem compreendidas", diz ele.
Especialistas alertam para que o consumidor faça ampla pesquisa na internet, inclusive checando o histórico da construtora. "É essencial verificar se a empresa é idônea. A averiguação é possível por meio do CNPJ. Torna-se possível ver se a empresa está em atividade e se tem processos judiciais contra si", explica o advogado Antonio Corrêa. O comprador também deve conferir, em sites de defesa do consumidor, se há reclamações registradas contra a construtora.
Na planta
No caso de imóveis adquiridos na planta, o consumidor deve checar se a construtora tem outros projetos em andamento no mercado, se as obras estão dentro do cronograma e se a entrega das chaves é feita dentro do prazo previsto. É importante ainda guardar toda a documentação disponível: folders, materiais publicitários, cálculos do corretor de imóveis, cópia do memorial de incorporação e até recibos.
Ainda de acordo com especialistas, os consumidores devem ter cuidado também com todos os aspectos que envolvem o contrato de financiamento imobiliário, principalmente com a parte que contém as condições gerais da operação. "Ele deve estar atento a: liberação do crédito, taxa de juros, prazos, sistema de amortização, entre outras coisas. O comprador precisa saber o quanto está pagando pela corretagem e se há valores escondidos sob as cobranças", complementa Russo.
Os consumidores devem pesquisar as taxas de juros praticadas não só pela Caixa Econômica, mas também por outros bancos do mercado, para fazer uma comparação entre as instituições que fazem financiamento. Vale lembrar que a taxa varia conforme a renda, o valor do imóvel e o valor do financiamento.
"No caso de financiamento para comprar o imóvel, não assine documento algum antes de verificar se seu crédito está aprovado. E também não assine pedido de reserva de imóvel, nem deixe caução. A maioria das empresas cobra multa pela desistência. Se o imóvel pronto, novo ou usado for de seu interesse, é preciso levantar se há dívidas pendentes", explica Russo.