Mais um inqu�rito para Michel Temer

Presidente foi inclu�do em investiga��o sobre propina de R$ 10 milh�es da Odebrecht para o MDB

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Dois inqu�ritos contra Temer est�o suspensos at� fim do mandato
Dois inqu�ritos contra Temer est�o suspensos at� fim do mandato -

Brasil - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin incluiu nesta sexta-feira, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente Michel Temer como investigado em um inquérito que apura suspeitas de repasse de propina de R$ 10 milhões da Odebrecht para campanhas eleitorais do MDB em troca de favorecimento à empresa.

Já eram investigados no caso os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-geral da Presidência). O inquérito foi aberto em abril de 2017 com base nas delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht.

Esta é mais uma investigação aberta contra o presidente, que é alvo de um inquérito em andamento sob a suspeita de ter editado um decreto que modificou regras do setor portuário, sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso.

Já os inquéritos da mala de R$ 500 mil da JBS carregada pelo ex-assessor especial Rocha Loures, e o da suposta participação no chamado "quadrilhão do MDB" estão suspensos após decisão da Câmara dos Deputados de barrar o prosseguimento até que ele deixe o mandato presidencial.

Mudança de entendimento

A medida foi tomada a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o que representa uma mudança de entendimento na PGR sobre a possibilidade de investigar presidentes por fatos anteriores ao mandato.

Quando foi aberta a investigação, o então procurador-geral, Rodrigo Janot, não pediu a investigação de Temer, apesar de haver citações a ele. O entendimento foi que a Constituição prevê uma "imunidade temporária" ao presidente. Dodge discordou.

"Todos são iguais perante a lei, e não há imunidade penal. A ausência da investigação pode dar ensejo a que as provas pereçam", afirmou Raquel Dodge. No entanto, a procuradora esclareceu, no pedido encaminhado ao ministro Fachin, que o presidente não pode ser condenado enquanto durar o seu mandato.

Galloro exalta Lava Jato ao assumir cargo de Segovia

Bras�lia ? Os ministros, da Justi�a, Torquato Jardim e Seguran�a P�blica, Raul Jungmann, participam da cerim�nia de posse do novo diretor-geral da Pol�cia Federal (PF), Rog�rio Galloro (Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil) - FOTOS Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil
Clim�o na posse: � esquerda, Fernando Segovia cumprimenta Raul Jungmann, que o demitiu como condi��o para assumir o Minist�rio Extraordin�rio da Seguran�a. Ontem, Rog�rio Galloro assumiu o cargo - Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil

O ministro da Seguran�a P�blica, Raul Jungmann, deu posse ontem a Rog�rio Galloro como diretor-geral do Departamento da Pol�cia Federal, que agora est� sob o comando do Minist�rio Extraordin�rio da Seguran�a P�blica.

Jungmann assumiu o cargo nesta semana, e o seu primeiro ato foi demitir Fernando Segovia para dar o posto a Galloro.

Ao assumir, o novo chefe da corpora��o destacou que pasta ser� uma aliada no combate ao crime organizado e que a Opera��o Lava Jato "continua forte". "As conquistas dos �ltimos anos s�o marcantes na PF e s�o indel�veis", disse. "N�o haveria sentido adotar postura diversa. A Lava Jato continua forte", completou Galloro.

J� Segovia, demitido ap�s apenas 100 dias no cargo, ponderou que � preciso "maturidade" e "profissionalismo" para dar continuidade ao trabalho de "mudar e aperfei�oar a gest�o e fortalecer a PF". Ele tamb�m agradeceu a Michel Temer.

O delegado, que passar� a ser adido em Roma, citou o imperador romano Julio Cesar e finalizou sua fala declarando: "Vim, vi e venci".

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