Jorge Picciani entra com pedido de prisão domiciliar no STF

Presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) está preso desde novembro do ano passado na Cadeia de Benfica

Por ESTADÃO CONTEÚDO

Deputado está preso na cadeia de Benfica
Deputado está preso na cadeia de Benfica -

Rio - O presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Jorge Picciani (MDB) entrou com pedido de prisão domiciliar no Superior Tribunal Federal (STF). A defesa do político, que está preso desde novembro, na Cadeia de Benfica, na Zona Norte da cidade, alega que ele não pode ficar lá por que, graças a um câncer na bexiga, recentemente foi submetido a uma "complicadíssima cirurgia, de quase dez horas".

O relator do pedido será o ministro Dias Toffoli. A própria defesa de Picciani pediu que o habeas corpus fosse distribuído a ele. Toffoli analisou solicitações de outros investigados na Operação Cadeia Velha, a mesma que prendeu Picciani.

Na prisão, segundo a defesa, Picciani não tem conseguido tomar os cuidados necessários com a saúde. "Levado ao cárcere, o ambiente insalubre e impróprio para pacientes que demandam cuidados específicos trouxe à tona permanente infecção urinária, acompanhada de incontinência".

Entenda

Picciani e o também deputado estadual Paulo Melo (MDB) foram presos sob a acusação de participarem de um esquema de propinas no setor de transporte público do Rio. Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), os fatos investigados "evidenciam um monumental esquema de corrupção" no estado, que começou na década de 1990 e perdurou até o ano passado.

A PGR ressaltou, em parecer enviado ao STF, em janeiro, que a prisão dos deputados fluminenses foi decretada após a existência de "graves indícios" de crimes.

Galeria de Fotos

Deputado está preso na cadeia de Benfica Valter Campanato/Agência Brasil
O presidente licenciado da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Picciani, e os deputados estaduais Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB, já se entregaram na Superintendência da Polícia Federal na capital fluminense. Os três parlamentares deixaram a Superintendência da PF a caminho do Instituto Médico Legal, nesta terça(21). Rodrigo Menezes/Parceiro/Agência O Dia

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