Equipe de interven��o vai acabar com UPPs do Batan e Vila Kennedy

Ideia � refor�ar o 14� Batalh�o da PM, que volta a patrulhar comunidade onde hoje est� o Ex�rcito

Por GUSTAVO RIBEIRO

Braga Netto (segundo a partir da esquerda) apresentou ontem fuzis e muni��o doados pela Taurus para uso das secretarias de Seguran�a P�blica e Administra��o Penitenci�ria
Braga Netto (segundo a partir da esquerda) apresentou ontem fuzis e muni��o doados pela Taurus para uso das secretarias de Seguran�a P�blica e Administra��o Penitenci�ria -

Rio - Foi confirmada nesta terça-feira a primeira grande mudança da nova política de segurança do Rio: algumas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) devem ser extintas. Poderá ser o caso das bases da Vila Kennedy e do Batan, disse o general Mauro Sinott, chefe do Gabinete de Intervenção Federal (GIF). Presentes em patrulhamentos diários na Vila Kennedy desde o dia 12, os soldados do Exército serão substituídos gradualmente por PMs do 14º Batalhão (Bangu) nas próximas semanas.

De acordo com Sinott, o objetivo do fechamento de UPPs é repor o efetivo dos batalhões da PM para que as Forças Armadas deixem de atuar aos poucos. Os policiais das duas UPPs da região vão reforçar o 14º BPM. "Existem várias UPPs que estão sendo avaliadas em seu desempenho e para a finalidade que se destinam e podem contribuir para a recomposição dos efetivos da PM", afirmou Sinott.

Em agosto do ano passado, O DIA divulgou levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP) onde se verifica que a polícia não conseguia atuar em quase um terço do total do território que deveria ser ocupado pelas UPPs existentes. À época, já era debatida a retirada do efetivo de algumas unidades.

Mesmo antes dos patrulhamentos das tropas federais, a Vila Kennedy vinha recebendo ações rotineiras de remoção de barricadas e cerco desde 23 de fevereiro. Foi escolhida como um laboratório experimental para as ações da intervenção. Segundo o coronel Carlos Cinelli, porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), cerca de 50 militares atuam diariamente na comunidade e devem deixar o espaço no prazo de duas a três semanas.

Sem apresentar dados, o coronel Roberto Itamar, assessor do CML, avaliou a ação na Vila Kennedy como "muito boa" e informou que o GIF continuará monitorando a comunidade. "Não pense o pessoal da Vila Kennedy e de Bangu que o Exército virou as costas. Vamos continuar acompanhando e cobrando as pessoas que se comprometeram a prosseguir o trabalho", declarou.

Diferente do coronel Cinelli, Itamar não fixou prazo para a substituição das tropas. Disse que o processo começou desde antes da ação social realizada sábado no local e que o prazo dependerá das circunstâncias. Ele não divulgou a próxima comunidade que será ocupada, mas adiantou que o modelo da Vila Kennedy será repetido.

Comandante preocupado

O comandante do Ex�rcito, general Eduardo Villas B�as, admitiu preocupa��o com os resultados da interven��o. "Confesso que muito preocupado pela incerteza de que n�s vamos atingir todos os resultados", afirmou.

O presidente Michel Temer assegurou ontem a libera��o de R$ 1 bilh�o. O valor � aqu�m do d�ficit de R$ 3,1 bilh�es informado. Ontem, o coronel Roberto Itamar explicou que o governo estadual dever� aportar recursos. "R$ 1,6 bilh�o � para sanar d�vidas passadas. Desses R$ 1,6 bilh�o, R$ 1 bi s�o destinados ao pagamento de pessoal e somente o pr�prio Estado pode fazer esse pagamento. Os outros R$ 600 milh�es podem ser assumidos em parte pelo Estado ou recursos federais", ponderou.

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Braga Netto (segundo a partir da esquerda) apresentou ontem fuzis e muni��o doados pela Taurus para uso das secretarias de Seguran�a P�blica e Administra��o Penitenci�ria DANIEL CASTELO BRANCO
Militares das For�as Armadas em patrulamento na Vila Kennedy Estefan Radovicz / Ag�ncia O Dia
Rio recebe doa��es de fuzis e muni��es. Doa��es s�o das empresas Forjas Taurus e CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos) e ser�o entregues pelo Gabinete de Interven��o Federal � Secretaria de Estado de Seguran�a e � Secretaria de Estado de Administra��o Penitenci�ria (Seap). A cerim�nia de entrega do armamento aconteceu na tarde de hoje no Forte de Copacabana, na Zona Sul, e contou com a presen�a do interventor federal na Seguran�a P�blica do Estado do Rio, General Braga Netto. FOto: Daniel Castelo Branco / Ag�ncia O Dia Foto: Daniel Castelo Branco

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