'Era uma mulher independente', diz vizinha de idosa de 87 anos encontrada morta em Magé

Corpo de Ruth Borges foi encontrado em uma cisterna. Para amiga da vítima, crime teria sido cometido por alguém da região

Por O Dia

Ruth Borges de Barros
Ruth Borges de Barros -

Rio - A morte de Ruth Borges, de 87 anos, ainda é um mistério para os moradores do bairro Jardim Esmeralda, em Magé, na Região Metropolitana do Rio. A idosa foi encontrada dentro da cisterna da própria casa nesta terça-feira. Inicialmente, a informação era de que o corpo estava em um poço. A vítima era uma aeromoça aposentada, morava sozinha e não tinha filhos. Para a vizinha Silvania Hotz, o crime teria sido cometido por algum morador da região, que conhecia a rotina de Ruth.

"Não faço ideia de quem fez isso com ela, mas com certeza foi alguém da região. Ela era uma mulher independente e totalmente lúcida. Fazia tudo sozinha, e era muito conhecida pelo pessoal da igreja. Ela costumava levar para casa todos os cachorros que encontrava na rua", contou.

Silvania, que mora apenas com a mãe, conta que o desaparecimento de Ruth a intrigou. No entanto, ela desconfiou que a vítima pudesse estar com uma sobrinha, a única parente com quem ainda mantinha contato. A idosa havia sido vista pela última vez na semana passada após um culto.

"Ela sumiu na sexta à noite, quando nós a vimos na igreja, e depois ela não deu sinal. No domingo ela costuma ir na missa, e não estava lá. Pensamos que ela tivesse ido almoçar com alguém por causa da Páscoa", disse Silvania.

A vizinha da vítima conta que Ruth ia quase todos os dias em sua casa para conversar e tomar café, mas também não apareceu na segunda. Ao entrar em contato com a sobrinha da idosa, descobriu que ela já estava desaparecida há três dias. Silvania conta que, na terça, pediu autorização da sobrinha para arrombar a casa de Ruth. Ela conta que o local não havia sinais de roubo.

"A casa estava intacta. Não tinham levado nada e nem havia nada quebrado", explica. A vizinha conta que começou a sentir um mau cheiro na residência e, com a ajuda de um outro vizinho, encontrou a idosa dentro de uma cisterna. Ela acionou a polícia que foi ao local e segue investigando o caso.

Silvania revelou que Ruth nunca havia comentado que estava sendo ameaçada, mas uma mulher que ia regularmente à casa da vítima cuidar dos cachorros disse que a idosa já havia sido roubada duas vezes. No entanto, a amiga diz que a morte de Ruth ainda é "um mistério". 

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Segundo a polícia, os agentes buscam possíveis testemunhas e imagens que possam ajudar a identificar a autoria do crime. Todas as hipóteses sobre a motivação do crime estão sendo analisadas. 

Reportagem do estagiário Rodrigo Sampaio, sob supervisão de Gabriela Mattos

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