Rio - A Avenida Paulo de Frontin, no Rio Comprido, é caracterizada por uma dicotomia: ao mesmo tempo em que recebe milhares de motoristas na ligação entre a Zona Sul e a Região Central do Rio, também é marcada pelo abandono e insegurança. As calçadas carecem de iluminação e os moradores reclamam de violência na região. Diante desse cenário, o Coletivo Baixo Rio discute alternativas para revitalizar a área. A próxima reunião do grupo está marcada para este sábado, às 9h, na Unicarioca.
Um dos responsáveis pelo grupo, o arquiteto Guto Santos conta que o trabalho tem a função de transformar o pensamento que das pessoas sobre aquele espaço. "Fazer com que os moradores olhem para o lugar com mais esperança, com a possibilidade de ser algo diferente", disse o profissional, lembrando que o Rio Comprido foi um bairro da nobreza no passado, mas que hoje está abandonado. "Foi completamente negligenciado", afirmou.
Entre as mudanças discutidas pelo coletivo estão a mobilidade da região, a despoluição do rio, a maior iluminação e, no futuro, a derrubada do Elevado Paulo de Frontin. No entanto, Guto ressalta que é preciso ainda muitas reuniões com os moradores do bairro.
"É um projeto longo que ainda está sendo desenvolvido, mas a população já está abraçando as ideias. Antes de tudo é entender aquele local como espaço da cidade. Dá para começar a transformação com pequenos gastos. Dá para fazer muito sem nenhum projeto milionário", destaca o arquiteto, dizendo ainda que o coletivo é aberto e qualquer um pode participar. "Há também a participação de laboratórios de universidades daqui e do exterior, além de ONGs", citou.
