Galpões desocupados da Zona Portuária correm risco de incêndios

Há duas semanas, fogo atingiu barracão da escola de samba Império da Tijuca

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Barracão da Império da Tijuca pegou fogo no início do mês
Barracão da Império da Tijuca pegou fogo no início do mês -

Rio - Na abandonada Zona Portuária do Rio de Janeiro, chamam atenção os galpões desocupados, com fachadas deterioradas. Para o presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil no Rio (IAB-RJ), Pedro da Luz, o problema de imóveis abandonados está por toda a cidade.

"O poder público precisa ter um mecanismo para obrigar os proprietários a dar um destino a esses prédios, principalmente em locais tão centrais da cidade. Acredito que a solução para a Zona Portuária é o incentivo a ocupação habitacional, além de dar opção para os pequenos investidores, o mercado está monopolizado e oligopolizado", destacou Pedro.

O arquiteto acrescenta que os projetos habitacionais atraem o comércio para a região. "O empreendimento habitacional é importante no urbanismo contemporâneo porque o morador demanda serviços como padaria e mercado", explicou.

E em meio a tantos imóveis, não é difícil se deparar com depósitos de alegorias de escolas de samba desprotegidos. Na semana retrasada, um incêndio atingiu o barracão da escola de samba Império da Tijuca emprestado à Unidos de Bangu, Lins Imperial e Unidos da Ponte. E na quinta-feira, um galpão abandonado pegou fogo e interrompeu a circulação do VLT Carioca por conta da cortina de fumaça.

"Os galpões estão desprotegidos e negligenciados", ponderou o engenheiro Eduardo Qualharini, da Escola Politécnica da UFRJ.

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