Rio - No Dia Mundial da Conscientização do Autismo - 2 de abril - a escritora e pedagoga Nancilia Pereira realiza o lançamento do livro 'Sou autista! E daí?', em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. A primeira tarde de autógrafos começa às 16h, na Escola Municipal Castro Alves. No local haverá um bate-papo com a presença especial de sua neta Letícia, principal inspiração para o livro, e da fonoaudióloga Alessandra Lannes, que prefaciou a obra e trata de 40 autistas. Já no dia 6, a ONG Anjinho Azul recebe às 9h, uma palestra onde parte da venda dos livros será revertida para a instituição.
O lançamento também ocorre no dia 14, em Santa Cruz, na mesma região. O Espaço Amplavida recebe a autora e a Dra. Suzana Monteiro, Mestre em Psiquiatria, Neurologia e Medicina do Sono, para outro debate. O livro revela os problemas relacionados ao autismo, principalmente sobre a Síndrome de Asperger - Transtorno do Espectro Autista - que é de difícil diagnóstico, enfatizando os dramas e dificuldades sofridos pelos portadores deste transtorno e seus familiares. A escritora também evidencia algumas características, comenta sobre a importância dos tratamentos, bem como terapias, e fala sobre os direitos legais dos autistas, ressaltando a importância da esperança e da fé na busca de uma vida confortável e produtiva a quem possui esse tipo de transtorno.
OBJETIVO
A ideia surgiu da necessidade de alertar os muitos portadores de Asperger e seus familiares a encontrar mais rapidamente o profissional certo para diagnosticar a síndrome. "O objetivo é evitar que a criança passe o que minha neta passou durante seis anos, em tratamento com duas psicólogas, uma neurologista e um psiquiatra, que a encheram de testes, exames e remédios fortíssimos sem nunca terem sequer fechado um diagnóstico", diz Nancilia, completando que o Asperger é uma forma mais leve do autismo. “No caso da minha neta, não atingiu seu cognitivo, afetou apenas o comportamental, a interação social. Ela é muito inteligente, o que é normal em muitos portadores desse tipo de transtorno", comenta.
Nancilia, que é moradora de Campo Grande, tem como objetivo mostrar que só com o diagnóstico correto se pode fazer o tratamento adequado, as terapias certas, e obter melhora lenta e gradativa, mas que fazem toda a diferença. “O diagnóstico de Asperger não é o fim do mundo, mas sim a luz no fim do túnel para saber aonde ir e o que fazer para ter uma vida produtiva e o mais normal possível", completa. O livro traz ilustrações da paulista Virgínia Caldas, que elaborou artes significativas para o tema proposto e já participou de outros trabalhos com Nancilia, que comemora nesta obra o seu 35º lançamento.
