PF prende deputado João Rodrigues, condenado em segunda instância

A acusação é de quando Rodrigues assumiu interinamente a prefeitura de Pinhalzinho (SC), por 30 dias, em 1999. O caso iria perder a validade ainda neste mês de fevereiro, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que a pena fosse cumprida imediatamente em dezembro do ano passado

Por Estadão Conteúdo

PF prende deputado João Rodrigues em São Paulo, condenado em segunda instância
PF prende deputado João Rodrigues em São Paulo, condenado em segunda instância - Reprodução facebook

São Paulo - A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quinta-feira, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o deputado federal João Rodrigues (PSD-SC), em cumprimento ao mandado de prisão determinado na quarta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar foi condenado em segunda instância a cinco anos e três meses em regime semiaberto por dispensa irregular de licitação.

A acusação é de quando Rodrigues assumiu interinamente a prefeitura de Pinhalzinho (SC), por 30 dias, em 1999. O caso iria perder a validade ainda neste mês de fevereiro, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que a pena fosse cumprida imediatamente em dezembro do ano passado.

Segundo nota divulgada pela manhã, levantamento da Polícia Federal, com apoio das autoridades dos Estados Unidos e do Paraguai, identificou que o deputado estava no exterior e havia alterado seu bilhete de passagem, mudando o destino final do Brasil para o Paraguai.

"Com receio de que ocorresse a prescrição da execução da pena, prevista para a próxima segunda-feira (12), a Polícia Federal comunicou o fato ao Ministro Alexandre de Moraes, presidente da Primeira Turma do STF, que autorizou a inclusão em difusão vermelha no banco de dados da Interpol. Com base nisto, João Rodrigues foi impedido de entrar no Paraguai e tendo sido embarcado em voo rumo a Guarulhos/SP, onde foi preso", diz a nota da PF.

Em vídeo gravado e enviado pela defesa do deputado à imprensa, o próprio parlamentar fala sobre sua prisão. O parlamentar afirma que estava retornando com a família de Orlando e o destino seria Campinas, São Paulo. No entanto, diante da decisão do STF, ele decidiu mudar para Assunção, no Paraguai. "Eu quis evitar o constrangimento da minha família. Por isso, descemos em Assunção para amanhã de manhã fazer o deslocamento de carro até Chapecó, onde sexta-feira, conforme já havia anunciado, estaria me apresentando à Polícia Federal para início de cumprimento de pena, já que tinha mandado de prisão em andamento", afirma o deputado no vídeo.

Na quarta-feira, o advogado de defesa do deputado, Marlon Bertol, afirmou que não havia previsão para a prisão acontecer e que apresentaria um pedido de suspensão do mandado ao STF. Ele disse que Rodrigues estaria no Brasil, mas sem informar em qual cidade.

No vídeo, o deputado João Rodrigues afirma que seus advogados trabalharão para reverter o caso. "Até porque meu caso não tem dano, não tem desvio de dinheiro, não tem rombo. A pergunta que eu faço: qual é o valor do desvio? Não tem valor nenhum. Mas, muito bem. A Justiça é para todos. Ela precisa ser cumprida", afirma o parlamentar.

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