01 de janeiro de 1970
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Temer fala em 'conspiração'

Presidente manda carta amistosa ao Congresso, cuja relação se abalou com delação

Por O Dia

Temer e Rodrigo Maia se estranharam depois que o advogado do presidente criticou vazamento de delação
Temer e Rodrigo Maia se estranharam depois que o advogado do presidente criticou vazamento de delação - Beto Barata/PR/04.10.17

Preocupado com os desdobramentos da nova crise entre o Planalto e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com a nota de seu advogado, Eduardo Pizarro Carnelós, classificando de "vazamento criminoso" o vídeo com a delação de Lúcio Funaro, o presidente Michel Temer resolveu falar. Em carta de quatro páginas dirigida aos parlamentares, ele se defende das acusações feitas pelo operador do PMDB e desabafa sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra ele. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara deve votar hoje o parecer de Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) que recomenda arquivá-la.

"É um desabafo. É uma explicação para aqueles que me conhecem e sabem de mim. É uma satisfação àqueles que democraticamente convivem comigo", disse Temer, que não se refere à trapalhada nota de seu advogado, ou aos posteriores "esclarecimentos" dele de que chamou de vazamento criminoso porque não sabia que estava no site da Câmara.

O episódio gerou novo desgaste entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e Temer, às vésperas da votação da segunda denúncia contra ele, no Congresso. Maia é o responsável por ditar o ritmo da votação e, nos bastidores, já promete retaliação ao presidente.

Na carta, Temer prega ainda "a pacificação" e cita disposição de conversar e dialogar, alegando que não acredita na tese do "nós contra eles" mas "na união dos brasileiros", com "serenidade, moderação, equilíbrio e solidariedade" certo de que, com esta carta, "a verdade dos fatos será reposta".

Temer começa a carta falando da sua "indignação" e diz que, por isso, decidiu se dirigir aos parlamentares, apesar de muitos o aconselharem a não se pronunciar. "Para mim é inadmissível. Não posso silenciar. Tenho sido vítima desde maio de torpezas e vilezas que pouco a pouco, e agora até mais rapidamente, têm vindo à luz. Jamais poderia acreditar que houvesse uma conspiração para me derrubar da Presidência. Mas os fatos me convenceram. E são incontestáveis", diz o presidente, que passa a listar os ataques sofridos desde a delação da JBS.

Ele faz contundentes ao ex-PGR Rodrigo Janot, que teria acertado com Joesley Batista as acusações contra ele, que reiterou serem mentirosas e fazerem parte de "uma urdidura conspiratória". "Tudo combinado, tudo ajustado, tudo acertado, com o objetivo de: livrar-se de qualquer penalidade e derrubar o presidente."

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Defesa de Dilma quer anular processo de impeachment

A defesa da ex-presidente da República Dilma Rousseff afirmou ontem que vai utilizar a delação do corretor Lúcio Funaro, divulgada na última sexta-feira, para pedir a anulação do processo que resultou em impeachment no ano passado.

Em nota, o advogado da petista, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, afirmou que o depoimento de Funaro mostra que "o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do impeachment". "Entendemos que na defesa da Constituição e do Estado Democrático de Direito, o Judiciário não poderá deixar de se pronunciar a respeito, determinando a anulação do impeachment de Dilma, por notório desvio de poder e pela ausência de qualquer prova de que tenha praticado crimes de responsabilidade", diz a nota.

Em um dos depoimentos de sua delação premiada, Funaro contou que repassou R$ 1 milhão para Eduardo Cunha comprar votos. "Quando foi aprovar no plenário, ele (Cunha) achava que já estava ganho, mas queria garantir de qualquer jeito que ela seria afastada esses 180 dias", contou Funaro. "Cunha me pergunta se eu tinha disponibilidade de dinheiro, (para) que ele pudesse ter algum recurso disponível para comprar algum voto ali favorável ao impeachment. E eu falei que ele podia contar com até R$ 1 milhão e que eu liquidaria isso em duas semanas, no máximo."

Questionado se Cunha teria dito expressamente que o dinheiro seria usado para comprar votos, Funaro confirmou: "Comprar votos. Exatamente."