01 de janeiro de 1970
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Temer enfim se livra de Rodrigo Janot

Por 251 votos a 233, Câmara dos Deputados enterra segunda denúncia; presidente passa o dia internado

Por O Dia

Ao lado de Marcela, o presidente Michel Temer acenou para jornalistas e fez sinal de positivo ao deixar hospital, após tratar obstrução urológica
Ao lado de Marcela, o presidente Michel Temer acenou para jornalistas e fez sinal de positivo ao deixar hospital, após tratar obstrução urológica - Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente Michel Temer está livre para concluir o mandato. Depois de uma manhã tensa e de uma inesperada internação para procedimento cirúrgico na bexiga, o peemedebista teve folgada vitória na votação que arquivou a segunda e última denúncia do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, desta vez por crime de formação de quadrilha e obstrução de justiça. Como na primeira peça, dia 2 de agosto, Temer contou com o apoio da maioria na Câmara dos Deputados. Às 20h, quando seu destino já estava delineado, o presidente teve alta e afirmou: "Estou inteiro".

Nem de perto o teto de 342 votos pela admissibilidade da denúncia foi alcançado: 251 deputados acolheram o relatório de Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) que recomendava o arquivamento do inquérito. Votaram pelo prosseguimento da denúncia 233 parlamentares houve duas abstenções, e 25 faltaram à sessão.

Com a decisão, os deputados livraram Temer de encarar, durante o mandato, processo no Supremo Tribunal Federal que, se instalado, o afastaria por até 180 dias. Agora, Temer responderá no STF somente quando sair do Planalto, em 1º de janeiro de 2019.

O placar da votação de ontem foi semelhante ao da primeira, quando 263 deputados livraram o presidente 12 a mais que o apurado ontem. Se a votação transcorreu sem sustos, a manhã na Praça dos Três Poderes foi tensa. A oposição manobrou e, por falta de quórum, conseguiu adiar o início dos trabalhos, já que não se registrava o mínimo de 342 parlamentares. Rodrigo Maia teve de encerrar uma sessão no início da tarde, e a base aliada chegou a propor uma 'votação-isca' de adiamento. Mas às 17h já havia quórum, e às 19h a votação, nominal e ao microfone, começou.

A vitória de Temer sinaliza o tamanho efetivo de sua base na Câmara e poderá interferir na composição de seu ministério e sinalizar quais projetos de lei devem ser encampados pelo governo. O presidente tenta aprovar projetos em que é necessária maioria absoluta, como a Reforma da Previdência e alterações no sistema tributário.

'Desconforto'

Na tarde de ontem, Temer, de 77 anos, foi levado para o Hospital do Exército, em Brasília, após ter um desconforto. Sentindo dificuldade em urinar, ele foi consultado no departamento médico do próprio Palácio do Planalto e encaminhado ao hospital. Temer foi internado pouco depois das 13h e teve alta às 20h.

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Um caso para sondagem vesical de alívio por vídeo

O problema de obstrução urológica normalmente é provocado em homens com mais de 70 anos vítimas de hiperplasia prostática. Trata-se de aumento no volume da próstata. O inchaço bloqueia o canal da uretra, dificultando o esvaziamento da bexiga, impondo desconforto no paciente e até desmaios, por conta de queda de pressão.

Temer então foi submetido a uma sondagem vesical de alívio por vídeo (veja ao lado), que consiste em forçar a saída da urina por um cateter pelo pênis.