Adiamento de leil�o deixa funcionalismo estadual apreensivo

Preg�o para definir bancos que participar�o do empr�stimo de R$2,9 bilh�es ao Rio seria nesta sexta-feira, mas foi remarcado para a pr�xima quarta

Por O Dia

O adiamento do leilão para definir os bancos que darão o empréstimo de R$ 2,9 bilhões ao Estado do Rio deixou o funcionalismo apreensivo. O pregão ocorreria hoje, mas teve que ser reagendado para a próxima quarta-feira (dia 1º de novembro) a pedido do governo federal, conforme antecipou ontem a Coluna no DIA Online. De acordo com o estado, a mudança se deve à necessidade de publicação de um decreto presidencial, relativo às garantias da União para a operação.

É a segunda vez que o leilão é prorrogado: já foi marcado para o dia 24 deste mês e, depois, para esta sexta-feira (27), pois o estado teve que republicar o edital para autorizar a participação de mais de um consórcio.

Com todas essas mudanças, a angústia dos servidores só aumenta. Isso porque os recursos do empréstimo serão para quitar atrasados do funcionalismo, como décimo terceiro de 2016 (R$ 1,2 bilhão), horas extras da Segurança (R$ 40 milhões) e salário mensal.

A Coluna questionou a Secretaria Estadual de Fazenda sobre a estimativa de chegada do dinheiro nos cofres do Rio. A pasta afirmou que, após a realização do pregão, "o Estado do Rio de Janeiro, o Ministério da Fazenda e a instituição financeira vencedora concentrarão esforços para que os recursos cheguem aos caixas do estado o mais breve possível". A Fazenda reafirmou que o empréstimo será utilizado para liquidar os passivos e colocar os salários em dia.

MUSPE

Lideran�as do Movimento Unificado dos Servidores P�blicos Estaduais (Muspe) composto por diversos sindicatos criticaram o adiamento do leil�o e disseram que, mesmo ap�s a ades�o do Rio � recupera��o fiscal, nada mudou. Afirmaram ainda que o cen�rio tira as esperan�as do funcionalismo de receber os sal�rios em dia. Eles refor�aram a convoca��o para o ato dia 8 de novembro, na Alerj.

BOMBEIRO E DEGASE

Mesac Eflain, presidente da Associa��o dos Bombeiros, declarou que promessas do estado e da Uni�o n�o s�o cumpridas: "H� lentid�o e burocracia para socorrer servidores que est�o passando fome". "Ap�s o governo defender que a recupera��o fiscal seria a �nica solu��o, causa espanto sequ�ncia de adiamentos do leil�o", criticou Jo�o Rodrigues, do Sind-Degase.

DOCENTES DA UERJ

A assinatura da recupera��o fiscal foi atacada por muitos servidores, como os da Uerj. E o presidente da Associa��o de docentes da universidade (Aduerj), Guilherme Vargues, voltou a criticar o acordo: "� mais uma irresponsabilidade pol�tica e econ�mica do governo estadual para sair da crise que ele mesmo produziu. � uma acordo imposto pela Uni�o que devasta a economia do Rio por d�cadas".

POLICIAIS CIVIS

Presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), M�rcio Garcia disse que a not�cia frustrou ainda mais a categoria. "Estamos dependendo disso para receber atrasados. Agora, a gente conta que o governo honre sua palavra e pague o que deve aos policiais", afirmou ele, que questionou: "V�o acumular a folha do 13� de 2017 e como v�o pagar isso?".

SA�DE AGONIZA

Diretor da Associa��o dos Servidores da Vigil�ncia Sanit�ria (Asservisa), Andr� Ferraz lamentou a demora para os recursos chegarem. Segundo ele, a Sa�de � a �rea com a menor m�dia salarial do estado. "(Enquanto h� adiamentos) H� uma crise seletiva, que deixa servidores (com menor renda) mais fragilizados enquanto outras categorias, como deputados e magistrados, ganham em dia".

AGOSTO E SETEMBRO

O estado faz as contas para conseguir zerar d�vidas com o funcionalismo. Al�m do 13� de 2016 e das horas extras da Seguran�a, o sal�rio de agosto n�o foi pago a 15.375 ativos, aposentados e pensionistas. O valor em aberto � de R$ 163 milh�es. E os vencimentos de setembro, que deveriam ter sido quitados no dia 16, est�o em atraso para 221.604 v�nculos, em um total de R$ 650,3 milh�es.

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