Rio - Em época de temperaturas altas, o ar-condicionado é um aparelho que não pode faltar para amenizar o famoso calor do Rio de Janeiro. Para quem pretende trocar o velho aparelho por um mais moderno e potente, vale conferir algumas dicas dadas por especialistas no assunto.

O gerente de pós-venda da Midea Carrier, Gilmar Oliveira, explica que, antes de tudo, o consumidor precisa dimensionar a carga térmica do ambiente para saber qual a capacidade (em BTU/h) necessária para o espaço. Ele afirma que no site da empresa (www.mideadobrasil.com.br) há um dimensionador que simplifica esta análise e calcula a capacidade, levando em conta o número de pessoas no local, luminárias, equipamentos eletrônicos, janelas e orientação solar.

É essencial também optar por produtos com selo Procel de economia de energia, que atesta melhor eficiência energética do equipamento, resultando em gasto menor ou mesmo aparelhos com tecnologia Inverter, que chegam a ser até 74% mais econômicos do que os convencionais, ou seja, que não são inverter. "Ao optar por um modelo com opção 'quente' e 'frio', o consumidor vai ter um produto que vai usar o ano inteiro", diz Oliveira.

Fernando Santos, arquiteto e diretor da Santos Projetos, comenta que os modelos split estão em alta e oferecem muitas vantagens em relação aos de janela. A principal, segundo ele, é o desempenho, pois a troca de calor ocorre na parte de fora do cômodo refrigerado, na unidade condensadora. No aparelho de janela, explica ele, as etapas do processo de refrigeração acontecem todos numa caixa única, o que reduz sua eficiência. Isso quer dizer que o consumo de energia elétrica é menor.

Um aspecto que contribui para o melhor desempenho do split é que se faz apenas um furo na parede entre o ambiente interno e o externo para conexão das unidades evaporadora (interna) e condensadora (externa). "Já os aparelhos de janela dependem de um grande vão na parede, que são difíceis de vedar após a instalação do equipamento. Isso causa a perda de ar refrigerado pelas frestas, exigindo mais potência do aparelho", explica.

Antes de fechar a compra, leve em consideração: ambientes que recebem sol da tarde são mais quentes que aqueles que recebem sol da manhã. Deve-se considerar ainda se há insolação direta ou se existe algum elemento que quebre a entrada do sol no local, como árvores e outros prédios. "Em um condomínio, o último andar é sempre mais quente que os que estão abaixo, pois recebe isolação direta em sua cobertura.

O tipo de cobertura também influencia muito. Locais com laje de concreto sem telhado acumulam muita carga térmica. Assim como as telhas metálicas sem laje que transferem carga térmica mais intensa e rapidamente que telhas de fibrocimento ou telhas de barro (cerâmicas)", orienta o arquiteto. Santos lembra, ainda, que é importante comunicar o síndico, pois se trata de um serviço que interfere na fachada do prédio. "Cada condomínio tem suas próprias normas e é importante esse contato para que o síndico passe as regras locais", completa.