Rio - Com o pagamento do décimo terceiro de 2017 a 202.757 servidores ativos, aposentados e pensionistas, ontem, o governo estadual passou a mostrar otimismo no reequilíbrio financeiro do Rio. A expectativa de integrantes do Palácio Guanabara, agora, é que não ocorram mais atrasos salariais. E o trabalho ao longo deste mês é para quitar a gratificação natalina dos 167.111 vínculos restantes, em um total de de R$ 1,1 bilhão.

Conforme a Coluna informou na quinta-feira, fontes indicam que o pagamento do que falta do 13º poderá ser feito por grupos de faixas salariais até a chegada de recursos da antecipação de royalties e Participações Especiais (PE). A operação deve sair em fevereiro, de acordo com as informações. Só após quitar o abono de 2017 é que o governo estadual voltará as atenções para o depósito dos débitos do Regime Adicional de Serviço aos agentes de Segurança Pública.

Sobre o pagamento de ontem, o depósito contemplou quem ganha até R$ 3.458 líquidos. Ao todo, a Secretaria de Fazenda creditou o valor de R$ 400 milhões. De acordo com a pasta, o 13º do ano passado foi acertado para 64% do funcionalismo público. E o valor total já pago foi de R$ 590,3 milhões.

Antes do depósito de ontem, uma parcela de servidores (90.178 pessoas) já havia recebido a gratificação de Natal do ano passado. Foram pagos em dezembro de 2017 os funcionários ativos da Secretaria Estadual de Educação incluindo o Degase , os de empresas celetistas, e de outros órgãos que custearam a folha com recursos próprios.

Faetec devolve desconto

Professores e demais servidores da Faetec que aderiram à greve iniciada em setembro de 2017 receberam ontem os 31 dias descontados do contracheque.

O pagamento foi determinado pela Justiça do Rio em ação movida pelo SindpeFaetec. A última decisão nesse sentido saiu na semana passada, e, desde então, os profissionais aguardavam o crédito na conta.

FIM DA LINHA.

Andréas e Fe

Funcionalismo tenta reunião com prefeito Crivella

Após promover um ato em frente à Prefeitura do Rio, o funcionalismo municipal tentou ontem, novamente, um retorno do Executivo sobre data de reunião com o prefeito Marcelo Crivella. O objetivo é tratar da revogação do decreto que alterou o calendário de pagamentos, além da garantia do reajuste anual.

Segundo representantes do Movimento Unificado dos Servidores do Município (Mudspm), foi sinalizada a marcação de um encontro entre os dias 22 deste mês e 2 de fevereiro com o novo secretário da Casa Civil, Paulo Messina, além de assessor direto de Crivella.

"A ideia é que as demandas não solucionadas neste encontro sejam objeto de audiência com o prefeito", disse Doroteia Santana, uma das representantes do movimento.

A questão das datas de pagamento de salários vem sendo reforçada pelas categorias, já que o funcionalismo recebia seus vencimentos até o segundo dia útil do mês subsequente ao trabalhado. Agora, os salários sairão até o quinto dia útil durante o primeiro semestre deste ano. O município alegou que o objetivo foi "otimizar a gestão do caixa do Rio".

A taxação de inativos também é outra pauta que o movimento quer discutir. Na próxima quinta-feira, o Mudspm voltará a se reunir para avaliação do ato de ontem, além das reivindicações do funcionalismo.

Antes do protesto na prefeitura, o grupo apoiou outra manifestação: a organizada por servidores que têm filhos na creche institucional criada para atender pais que são funcionários da prefeitura. Doroteia ressaltou que a situação do espaço está indefinida, e pediu atenção ao assunto.