Os últimos anos de David Bowie, no Canal Bis

'The Last Five Years' fala sobre período em que o artista, que morreria em 2016, estava recluso, mas gravou dois discos

Por RICARDO SCHOTT

David Bowie em seus últimos anos, posando para uma foto (E), e no clipe de 'Lazarus', do disco 'Blackstar' (acima)
David Bowie em seus últimos anos, posando para uma foto (E), e no clipe de 'Lazarus', do disco 'Blackstar' (acima) - reprodução

Nos seus cinco últimos anos de vida, David Bowie (1947-2016) sumiu da mídia. Fez poucas aparições ao vivo, quase não deu entrevistas e posou para poucas fotos. Ao voltar a gravar, no disco 'The Next Day' (2013), entrou em estúdio secretamente. Chegou a pedir aos músicos e ao produtor Tony Visconti que assinassem um termo de confidencialidade. Um período que o diretor Francis Whately tentou esmiuçar em 'David Bowie: The Last Five Years', documentário que vai ao ar no Canal Bis às 21h30, hoje - justamente o dia em que a morte do cantor completa dois anos.

ATAQUE CARDÍACO

Bowie, que por acaso teria feito 71 anos na segunda-feira, já estava morto quando Whately iniciou o documentário. O diretor, que já fizera em 2013 'Five Years', sobre cinco anos de sucesso da carreira do cantor de 'Starman', contratou uma pesquisadora e ambos foram atrás de entrevistas com amigos e colaboradores de Bowie em seus últimos anos.

O artista tivera um ataque cardíaco em 2004, pouco após um show na Alemanha e, relembra Whately num papo com a 'Variety', mudaria toda a sua vida a partir de então, passando a se concentrar mais na vida em família. "Eu acho que isso significou muito para ele. E Bowie percebeu que as coisas reais na vida são o que importa", contou o cineasta.

FONTES

Whately não chegou a ser amigo de Bowie mas mantinha boas relações com ele, o que incluia bate-papos sobre livros.

"Eu me afastei de falar sobre música (com Bowie), mas suponho que ele soubesse que eu era um fã dele. E eu acho que se eu alguma vez lhe pedisse algo, ele teria encerrado as conversas", conta o diretor à 'Variety', dizendo que Bowie gostou de seu primeiro documentário e fez questão de dizer isso publicamente, o que facilitou o acesso a várias fontes.

Nomes como o produtor Tony Visconti, o designer gráfico Jonathan Barnbrook e a compositora Maria Schneider toparam dar entrevistas para o filme. Whately lembra que não se falava sobre determinados assuntos, como por exemplo o momento em que Bowie informou à banda que tocava com ele no seu último disco, 'Blackstar' (lançado dois dias antes de sua morte), a respeito do câncer contra o qual ele lutava - e que tiraria sua vida. "Ele estava cercado por pessoas muito leais", lembra. 'Blackstar' foi lançado cercado de lendas a respeito do cantor ter previsto sua morte. O produtor Tony Visconti disse que se tratava de seu "presente de despedida".

DEMO E BOWIE BEBÊ

Durante a semana, devido aos aniversários de vida e de morte, surgiram novidades a respeito de Bowie. O produtor Nile Rodgers divulgou uma versão demo do hit 'Let's Dance' (1983). A viúva do cantor, a modelo Iman, postou no Instagram uma sequência de fotos do artista quando ele era um bebê, em 1947. Filho mais velho de Bowie, o diretor Duncan Jones mostrou na mesma rede um cartão-postal que desenhou para o pai um mês depois de lhe dizer que ia ser avô.

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David Bowie em seus últimos anos, posando para uma foto (E), e no clipe de 'Lazarus', do disco 'Blackstar' (acima) reprodução
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