Fluminense tem pior in�cio de temporada desde 1951

Sem vencer seus cinco jogos em 2018, Tricolor j� vive situa��o delicada em janeiro

Por O Dia

Sem muitas pe�as de reposi��o, Abel sofre para escalar e montar esquema t�tico do Fluminense
Sem muitas pe�as de reposi��o, Abel sofre para escalar e montar esquema t�tico do Fluminense - LUCAS MER�ON / FLUMINENSE

Vista com pessimismo por muitos torcedores, a temporada do Fluminense mal começou e já é pior do que o esperado. Lanterna do Grupo C do Carioca e praticamente eliminado da Taça GB, o Tricolor alcançou uma marca negativa em poucos jogos disputados: o início não era tão ruim há 67 anos.

Sem ainda saber o que é vencer em 2018, o Fluminense acumula três empates e duas derrotas nas cinco partidas disputadas, sendo dois amistosos. Esse desempenho tão ruim não acontecia desde 1951, quando o Tricolor de Castilho, Pinheiro e Didi ficou os oito primeiros jogos sem vencer, tomando três goleadas de Flamengo, Vasco e Bangu. Desde então, o Fluminense teve alguns inícios de ano ruins, como os de 2016, 1986 e 1983, quando sofreu com um jejum de quatro partidas. Mas nada comparado com o atual momento.

O problema não está apenas dentro de campo. A situação extracampo também é preocupante. Em grave crise financeira, o Fluminense sofre com salários atrasados, insatisfação do elenco com a diretoria, ainda perdeu inúmeros titulares e se reforçou com poucos nomes, restando dois para estrear (De Amores e Airton). A torcida já não tem paciência, protestando em todos os jogos no Rio até agora. O principal alvo é o presidente, Pedro Abad, mas os jogadores também ouviram vaias no empate com a Portuguesa.

"O torcedor é soberano. No momento em que a equipe mais precisou, ano passado, ela foi lá e nos ajudou muito. Não posso reclamar. Tem impaciência porque não estão vendo a equipe jogar bem. Quando jogar bem, a equipe vai ser aplaudida", disse Abel Braga, demonstrando o habitual otimismo.

CLUBE TEM DINHEIRO BLOQUEADO

O que está ruim pode piorar ainda mais. A promessa de pagar os atrasados dos jogadores até o dia 31 pode não ser cumprida porque parte da venda de Wendel pode ser bloqueada. A diretoria contava com os cerca de R$ 29 milhões que entrariam semana que vem para quitar a dívida, mas a Justiça bloqueou 30% das receitas do clube.

A decisão, que o jurídico do clube tenta derrubar, foi um pedido da Procuradoria da Fazenda Nacional, que cobra do Fluminense impostos que deveriam ter sido pagos entre 2007 e 2010 e totalizam R$ 31 milhões. Com o bloqueio da receita, o pagamento do salário pode ser afetado, o que tornaria o clima de insatisfação ainda maior no elenco, que ficou muito incomodado com o pagamento dos atrasados de Gustavo Scarpa, que entrou na Justiça e deixou o clube.

Se houver atraso, o diretor esportivo, Paulo Autuori, pode pedir demissão. Uma das condições para seguir no clube era a de que os salários estivessem regularizados. O Fluminense, via assessoria de imprensa, disse que não iria comentar o assunto, por considerar que foi vazado para "tentar tumultuar o bom ambiente na diretoria".

 

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