Rog�rio Manso: futebol do Rio precisa de um novo olhar

Em alguns est�dios da Europa e dos Estados Unidos, os jogos de grande sucesso s�o transmitidos em tel�es e cinemas espalhados pelo pa�s, para atender os torcedores que n�o conseguem ingressos. Isto poderia ser providenciado pela TV Globo, detentora das imagens, e a Ferj.

Por Rog�rio Manso Presidente do Clube Bravo Heips

Rog�rio Manso 
Presidente do Clube Bravo Heips
Rog�rio Manso Presidente do Clube Bravo Heips - Divulga��o

Rio - Excesso de público em determinados jogos e falta de público na maioria das partidas. Os dois cenários existem com frequência no futebol do Rio de Janeiro. Os melhores exemplos de público pequeno são as partidas do Campeonato Estadual. O mais grave de excesso de público foi o do jogo entre Flamengo e Independiente, da Argentina, recentemente. E ainda querem culpar o clube por ter uma torcida tão grande. Para resolver esses problemas, é preciso ter uma atenção maior com os clubes e com os jogos das equipes do Rio.

Recentemente a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro convocou uma reunião para discutir o problema de excesso de torcedores. Não compareceram os presidentes dos clubes, que enviaram apenas representantes do setor jurídico. Nada de concreto aconteceu porque faltou credibilidade no encontro. É preciso olhar com atenção e com um marketing mais agressivo os eventos esportivos.

A Fifa divulgou dias atrás uma lista mostrando quais são os clubes com as 50 maiores torcidas do mundo. O Flamengo liderava, com 33 milhões. Na relação ainda estavam o Vasco, com cerca de 11 milhões, e o Fluminense, com 9,5 milhões. Com esses números, o futebol do Rio deveria ser sempre um sucesso. Mas não é. Faltam atenção, cuidados e marketing.

O Flamengo chegou a alertar as autoridades sobre a possibilidade de haver problemas no jogo com o Independiente por causa do excesso de público que era esperado. Em alguns estádios da Europa e dos Estados Unidos, os jogos de grande sucesso são transmitidos em telões e cinemas espalhados pelo país, para atender os torcedores que não conseguem ingressos. Isto poderia ser providenciado pela TV Globo, detentora das imagens, e a Ferj.

Para a falta de público, também existem mecanismos, como o sorteio de automóveis, a distribuição de ingressos por supermercados e lojas que adquirem grandes pacotes a preços especiais.

Na lista dos 20 clubes com as maiores receitas do país em 2016, lá estão alguns do Rio. No primeiro lugar vem o Flamengo, com R$ 510 milhões. Depois, vem o Fluminense (R$ 293 milhões), o Vasco (R$ 213 milhões) e o Botafogo (R$ 193 milhões). No Brasileirão do ano passado, os quatro também estão bem. Nos campeonatos estaduais, no entanto, os eventos esportivos são muito incertos quanto a público. Com relação aos clubes médios e pequenos e aos demais da Série A do Rio, é tudo muito incerto.

É chegado o momento de pensar o futebol com outro olhar. Um olhar mais profissional e mais cuidadoso, pois o futebol virou um grande negócio no mundo todo. Hoje, se acompanha na TV e nos estádios o futebol que se joga no mundo todo. A competição é grande. Os donos da bola são os torcedores e os clubes. A decisão é deles.

Rogério Manso é presidente do Clube Bravo Heips 

Coment�rios

�ltimas de Opini�o