Rio - Algumas ponderações não devem sair da cabeça quando o assunto for a compra de um carro novo. Os valores do veículo, do IPVA e do seguro, o consumo de combustível e a desvalorização que o modelo sofrerá precisam ser levados em conta. Isso porque tirar um carro da concessionária custa caro - e é um caminho sem volta. Então, para evitar prejuízos na hora de escolher o automóvel, atenção: Toyota, Honda, Hyundai, Suzuki e Nissan são as cinco marcas que perdem menos valor de mercado em 2017, seguidas por Volkswagen, Citröen, Ford, Chevrolet, Fiat, Renault, JAC e Peugeot. O dado tem como base um levantamento da InstaCarro, startup que vende carros na internet.
A pesquisa também apontou que os automóveis Renegade (Jeep), HB20 (Hyundai), Up! (Volkswagen) e Onix (Chevrolet) são os que menos perderam valor dentro do território brasileiro. Vale lembrar que a variação de mercado de um determinado modelo não está atrelada à oscilação de valores da marca de um modo geral.
Segundo Paulo Lemos, gerente de vendas da Casal (São Gonçalo), concessionária Volkswagen, entre os motivos que justificam a desvalorização de um automóvel, o que mais causa depreciação ainda é a quilometragem avançada. "A cada 10 mil quilômetros, diminui a chance de o proprietário conseguir um preço melhor de venda", explica. Para o profissional, outro fator que interfere diretamente na avaliação é a falta de manutenção preventiva. "Sempre checamos no manual se o carro passou por todas as revisões necessárias".
O gerente de vendas da multimarcas Invicta, Jorge Wanderson, afirma que quanto menos mexido for o carro, melhor. "Quanto mais original estiver, mais bem avaliado ele será. Em algumas situações, mudanças estética, como colocação de rodas maiores, não alteram em nada a avaliação da compra", diz.
Parte mecânica
Em relação à parte mecânica, o CEO da InstaCarro, Lucas Cafici, indica que, entre os principais defeitos do motor, estão: vazamento de fluidos (água e óleo); e fumaça e ruídos anormais, que indicam deficiências no cabeçote ou pistão. "Esses são indícios de alerta, pois são resultado da queima de óleo do motor. Isso acontece por diversos motivos, desde fissuras nos cilindros até defeito nos retentores das válvulas. O ideal é procurar um mecânico com urgência", completa Cafici.
Ainda de acordo com o levantamento, quanto mais tempo passar, maior a probabilidade de um veículo desenvolver um problema no motor. Em um automóvel de um ano, a chance de acontecer um contratempo desse tipo é de 15%, passando para 20% nos carros com dois anos de idade; para 25% (3 anos); 30% (4 anos); 35% (5 anos); 40% (6 anos); e 45% (7 anos).