Rio - Durante três dias, a partir de hoje, o Tribunal de Justiça sediará o I Congresso Internacional sobre Inovação e Mediação. Com a participação de ministros do STJ, a meta é discutir temas como a solução extrajudicial de conflitos para desafogar o Judiciário.
No TJ tramitam 10,5 milhões de ações. O evento acontece durante o Fórum Nacional da Mediação e Conciliação (Fonamec) e conta com o apoio da Emerj e do Instituto Justiça & Cidadania.
Com a palavra - Cesar Felipe Cury, presidente do Fonamec
A Justiça é cara e lenta. Qual é o papel da mediação nesse contexto?
A mediação entra a partir do momento que a gente entende que muito do que é judicializado não precisaria. Exemplo, 16% do que vai para o Juizado Especial são resolvidos por consenso. É um índice baixo. Mas nas Casas da Família temos 96% dos casos resolvidos por acordos entre as partes.
O que são as Casas da Família?
É um projeto que desenvolvemos para resolver só questões familiares sem processo. São quatro no Rio. Para você resolver problemas de troca de celular ou passagem aérea você não precisa de uma estrutura suntuosa.
Há também uma burocracia grande?
O processo civil é muito cadenciado. É para tratar de questões complexas. A gente investe e o número de processos aumenta. É preciso mudar o conceito. A Justiça ainda trabalha no modelo analógico, quando todo o resto está digital, utilizando a Inteligência Artificial.
