Juiz federal pede ao MP para investigar policiais que pesquisaram sobre Bretas

Corregedoria da Pol�cia Civil conclui que casos aconteceram por neglig�ncia e displic�ncia dos agentes

Por ADRIANA CRUZ

O presidente da Associação dos Juízes Federais do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Ajuferjes), Fabrício Fernandes de Castro, pede para o Ministério Público investigar os policiais civis que pesquisaram informações sobre o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, e seus familiares no Portal da Segurança, banco de dados para inquéritos da instituição.

"Penso que sim. Até que o fato seja plenamente esclarecido e que os responsáveis respondam pelos seus atos", afirmou o magistrado após a publicação do blog de que três agentes podem ser punidos administrativa por negligência e displicência.

 

"É fundamental que esse fatos sejam apurados com rigor. A segurança do juiz federal Marcelo Bretas e de sua família não pode ficar sob ameaça. Esses grupos organizados têm se mostrado cada vez mais ousados e perigosos, e não podemos esquecer do que ocorreu na Itália com o juiz Giovanni Falcone, na Operação Mãos Limpas. É fundamental que a sociedade cobre a imediata apuração desse episódio e a punição dos culpados”, completou Fabrício Fernandes de Castro.

A sindicância foi aberta porque a Polícia Federal recebeu informações  de que o ex-governador Sérgio Cabral, preso, estaria financiando a montagem de dossiê contra o magistrado. Crime não foi comprovado, apenas infrações administrativas chamadas de negligência e displicência. Os agentes Isabela Matheus Silva, da delegacia de Campos, e Luiz Carlos Rodrigues Moreira, da 22ª DP (Penha), alegaram que suas senhas foram usada por outras pessoas.

Na 22ª DP, a pesquisa foi feita dia 26 de setembro de 2017, seis dias depois de Cabral ter sido condenado por Bretas a 45 anos e 2 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Já Thalita Borges Nakaschima disse que só acessou dados do juiz e da mulher dele, a juíza federal Simone, em outubro de 2016, por curiosidade.

 

 

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