Rio - A greve dos funcionários da Comlurb, retomada à meia-noite desta sexta-feira, deixa a coleta de lixo e a varrição nas ruas do Rio prejudicada. Na Rua Conde Bonfim, Tijuca, Zona Norte, já é possível observar acúmulo de lixo, que não foi recolhido na madrugada. Porém, representantes da categoria afirmam que 60% do efetivo estão na rua, como determina a justiça.
É a segunda paralisação da categoria em menos de uma semana. A primeira aconteceu na segunda-feira e durou 18 horas. No entanto, os garis não concordaram com a oferta de aumento de 4% proposto pela prefeitura e voltaram a parar. A categoria pede 10%.
O maior acúmulo de lixo está na altura do número 539 da Rua Conde de Bonfim. "Já está dando mosca. Daqui a pouco vem o cheiro ruim e atrapalha a chegada de cliente", disse o dono da Pet do Toco, Solano Pinto, 50 anos. "Fico preocupado com a saúde do meu cachorro, o Toco. Ele fica solto aqui e pode prejudicá-lo se mexer nesse lixo", disse o comerciante.
Quem também reclamou da falta de coleta foi o vendedor Luiz Carlos Rezende, de 39 anos. "O lixeiro não passou e ficou isso aí acumulado, o que não é normal", lamentou ele. "É preciso haver um entendimento entre a prefeitura e os trabalhadores, que realmente merecem um aumento. Não podemos ficar com essa sujeira aqui", reclamou o aposentado Antonio Alvim, 72 anos.
Assembleia está marcada para esta sexta-feira
Nesta sexta-feira, às 14h, os funcionários da Comlurb farão assembleia em frente ao prédio da prefeitura, na Cidade Nova, Região Central da cidade.
"Nós pedimos 10% de reajuste, mas estamos dispostos a negociar. Essa proposta de 4%, porém, não nos agrada. É pouco", disse Bruno da Rosa, um dos representantes dos trabalhadores na comissão de negociação.
Segundo ele, a categoria cumpre a regra da Justiça de manter 60% dos funcionários trabalhando.