Não há ciúmes entre as duas, e Mel aceita muito bem a presença da galinha junto aos filhotes. A ave aquece os filhotes enquanto a mãe canina sai e abre espaço quando ela volta para alimentar os filhotes. É um trabalho cooperativo: “A parceria enterneceu o coração de todos”, disse a ambientalista.
A aproximação entre elas foi tanta, que a comida da galinha foi colocada ao lado da casinha dos cães, para facilitar a rotina.
Como Mel chegou ao lar temporário
Mel ficava na companhia de um cachorro, que é bem maior e que a protegia. Maristela conta que os alimentou por cerca de quatro dias, até que sumiram. Então buscou saber de quem era a casa onde os cães costumavam ficar em frente ao portão.
E foi aí que descobriu que o cachorro pertencia a família, conhecida como Família Luccas, e que ele havia “adotado” Mel.
Após algumas conversas, a família aceitou cuidar da cachorrinha, como lar temporário. “A atitude deles é extraordinária! Visto que, sem um lar acolhedor, temos dificuldades em gerir a questão animal e o encontro de possíveis lares definitivos”, contou.
Para disponibilizar para adoção, procuraram um programa municipal para realizar a castração, contudo descobriram que Mel estava prenha, então decidiram esperar que os filhotes nascessem.
Maristela conta que ajuda a família, que mora de aluguel, com alimentos para a cachorra e que acompanha o desenvolvimento dos filhotes, os serviços veterinários também foram oferecidos gratuitamente por uma veterinária da região.
Assim que os filhotes conseguirem se alimentar sozinhos, Mel será castrada e colocada para adoção. O mesmo ocorrerá com os filhotes, que são cinco fêmeas e um macho. A ambientalista se dispôs a intermediar o processo de adoção e espera que essa história se espalhe e contagie os corações das pessoas em prol da vida.