Rio - Em uma troca de mensagens entre Monique Medeiros e sua mãe, Rosângela Medeiros, obtida pela reportagem, a avó materna de Henry Borel consola a filha e diz que as mães não conseguem evitar que os filhos passem por determinadas situações. As conversas aconteceram em 10 e 16 de março, dias após a morte da criança, no dia 8 do mesmo mês.
Em 8 de abril, a mãe e o padrasto do menino, o vereador Dr. Jairinho foram presos, acusados pelo crime. Nas mensagens do dia 10 de março, Rosângela pede à Monique para estar perto dela e declara que quer ir junto com a filha se despedir de Henry.
"Filha, diz para o Henry que ninguém o amava mais que você. E eu lhe digo, ninguém a ama mas que eu. Quero estar com você. Não me deixe estar longe de você. Eu lhe peço. Vamos juntas despedir do Henry", escreveu Rosângela.
Já nas conversas que aconteceram em 16 de março, Monique desabafa com a mãe sobre as longas horas de depoimento que prestou à 16ª DP (Barra da Tijuca) e comenta sobre a abertura de um inquérito. "Indo de novo ‘pro’ advogado. Foram 7 horas direto de interrogatório ontem. Fazendo um possível inquérito. Hoje será de novo. E amanhã de novo. Que Deus me ajude", lamenta ela.
Em resposta, a avó de Henry se espantou com o tempo de interrogatório. “Cruzes”, escreve ela, que ainda disse que tudo iria passar. “Tem que passar. Não há quem aguente”, respondeu Monique.
"Foi o que eu lhe disse. Tem coisas que nós mães não conseguimos evitar que o filho passe. Estou em oração por você e Deus escuta as nossas orações", diz Rosângela à filha. A troca de mensagem termina às 8h44, com Monique agradecendo o apoio da mãe.
Monique sabia de agressões
Em 8 de abril, a mãe e o padrasto do menino, o vereador Dr. Jairinho foram presos, acusados pelo crime. Nas mensagens do dia 10 de março, Rosângela pede à Monique para estar perto dela e declara que quer ir junto com a filha se despedir de Henry.
"Filha, diz para o Henry que ninguém o amava mais que você. E eu lhe digo, ninguém a ama mas que eu. Quero estar com você. Não me deixe estar longe de você. Eu lhe peço. Vamos juntas despedir do Henry", escreveu Rosângela.
Já nas conversas que aconteceram em 16 de março, Monique desabafa com a mãe sobre as longas horas de depoimento que prestou à 16ª DP (Barra da Tijuca) e comenta sobre a abertura de um inquérito. "Indo de novo ‘pro’ advogado. Foram 7 horas direto de interrogatório ontem. Fazendo um possível inquérito. Hoje será de novo. E amanhã de novo. Que Deus me ajude", lamenta ela.
Em resposta, a avó de Henry se espantou com o tempo de interrogatório. “Cruzes”, escreve ela, que ainda disse que tudo iria passar. “Tem que passar. Não há quem aguente”, respondeu Monique.
"Foi o que eu lhe disse. Tem coisas que nós mães não conseguimos evitar que o filho passe. Estou em oração por você e Deus escuta as nossas orações", diz Rosângela à filha. A troca de mensagem termina às 8h44, com Monique agradecendo o apoio da mãe.
Monique sabia de agressões
A Polícia Civil obteve prints das conversas entre a babá do menino, Thayná de Oliveira e Monique. As mensagens revelam que elas já sabiam das agressões do vereador contra Henry. No dia da prisão, Monique e Jairinho tentaram se desfazer dos celulares durante a chegada dos agentes.
Segundo os dados resgatados do celular da mãe de Henry, as conversas com a babá começaram por volta das 16h, mas as duas só se encontraram três horas depois, quando deram uma volta de carro pelo condomínio. Na ocasião, Monique teria demonstrado preocupação com as unhas.
Segundo os dados resgatados do celular da mãe de Henry, as conversas com a babá começaram por volta das 16h, mas as duas só se encontraram três horas depois, quando deram uma volta de carro pelo condomínio. Na ocasião, Monique teria demonstrado preocupação com as unhas.
"Nossa, eu vim rápido, ainda borrei minha unha", teria dito ela à Thayná, quando a mesma entrou no carro. Em seguida, Monique teria ouvido o relato das agressões pelo próprio filho. O caso aconteceu em 12 de fevereiro. No dia seguinte, ela chegou a levar a criança a um hospital, alegando que Henry sentia dores por conta de uma queda da cama. No mesmo dia, viajou sozinha com Jairinho.
Carta muda versão
Em uma carta de 29 páginas escrita por Medeiros de dentro da prisão, ela revelou temer pela vida dos pais, por conta da influência de Jairinho. Os pais dela vivem em Bangu, na Zona Oeste do Rio, um dos currais eleitorais do vereador. Ela os descreve como pessoas humildes, com caráter e que não têm outro lugar para ficar.
Na mesma carta, Monique afirmou que era ameaçada pelo então namorado e que foi medicada por ele com remédios para dormir, na madrugada da morte de Henry. Em seu primeiro depoimento, ela havia negado que teria tomado medicamentos. Apesar da mudança na versão contada, a Polícia Civil diz que nada muda no inquérito que deve ser encerrado nesta semana.
Ainda no relato, ela diz que foi "a melhor mãe que o filho poderia ter tido" e que "nunca acobertou maldade ou crueldade de Jairinho, em relação ao filho Henry". Monique ainda alega que cuidou de mais de 400 crianças quando era professora e diretora de uma escola municipal e que sempre denunciou maus tratos. "Minha vocação sempre foi cuidar de crianças e de pessoas".
Carta muda versão
Em uma carta de 29 páginas escrita por Medeiros de dentro da prisão, ela revelou temer pela vida dos pais, por conta da influência de Jairinho. Os pais dela vivem em Bangu, na Zona Oeste do Rio, um dos currais eleitorais do vereador. Ela os descreve como pessoas humildes, com caráter e que não têm outro lugar para ficar.
Na mesma carta, Monique afirmou que era ameaçada pelo então namorado e que foi medicada por ele com remédios para dormir, na madrugada da morte de Henry. Em seu primeiro depoimento, ela havia negado que teria tomado medicamentos. Apesar da mudança na versão contada, a Polícia Civil diz que nada muda no inquérito que deve ser encerrado nesta semana.
Ainda no relato, ela diz que foi "a melhor mãe que o filho poderia ter tido" e que "nunca acobertou maldade ou crueldade de Jairinho, em relação ao filho Henry". Monique ainda alega que cuidou de mais de 400 crianças quando era professora e diretora de uma escola municipal e que sempre denunciou maus tratos. "Minha vocação sempre foi cuidar de crianças e de pessoas".