Brasil Radical

Lula sempre soube que n�o tinha instru��o formal, valeu-se de sua not�vel intui��o para fazer as coisas certas que fez

Por Roberto Muylaert Jornalista e editor

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Interessante a pat�tica situa��o pol�tica em que nos encontramos, com pouco espa�o para o livre pensar, onde tudo � radicalizado, paix�es e �dios. No entorno disso, um Brasil que funciona mal, a partir dos Tr�s Poderes da Rep�blica. Vai conseguir ganhar esta elei��o quem provar que est� acima dos radicalismos de quaisquer dos lados, disposto a manter as corre��es de rumo de que o pa�s necessita, apesar da leni�ncia do Supremo Tribunal Federal, que faz coisas que at� Deus duvida: ser� poss�vel que um ministro como Gilmar Mendes liberte por tr�s vezes Barata Filho, um r�u acusado de chefiar a temida mafia dos �nibus no Rio, por ter tra�os de profunda amizade na fam�lia, tendo sido padrinho de casamento do filho do acusado em quest�o, como noticia a revista Carta Capital desta semana, onde ele aparece enfarpelado, dentes � mostra em sorriso alvar, no casamento do afilhado? Fosse um Ayres Britto, e teria se considerado impedido por raz�es mais do que �bvias.

E Dias Toffoli, que foi advogado da CUT, al�ado ao Supremo sem as qualifica��es necess�rias, por essa raz�o. Para comprovar a parcialidade, basta ver como vota aquele ministro, nas quest�es que envolvem o partido.

Do lado dos partidos em disputa, nota-se o radicalismo habitual do PT, agravado pela pris�o de seu l�der, primeiro e �nico.

A sensa��o � de que a pris�o poderia ter sido evitada, at� porque devem surgir mais condena��es contra Lula, sendo o caso do triplex do Guaruj� o mais fraco dos processos que o ex-presidente enfrentar�.

Mas os fan�ticos adeptos de Lula n�o parecem dispostos a raciocinar, e tratam do caso como se Lula fosse uma virgem virtuosa, cheia de pudor, sem ja�a, ou m�cula.

Lula sempre soube que n�o tinha instru��o formal, valeu-se de sua not�vel intui��o para fazer as coisas certas que fez.

Era um monoglota convicto que nunca passou aperto em mat�ria de idioma, com seu int�rprete a tiracolo. Como manda o protocolo que determina ao presidente sempre discursar em sua pr�pria l�ngua.

J� quem pensa que sabe, acaba por exibir em p�blico a pr�pria ignor�ncia, ao se pronunciar em idioma estrangeiro. Os exemplos s�o muitos, Costa e Silva falando happy birthday pra rainha da Inglaterra, ao entender em ingl�s que era anivers�rio dela, e n�o era; Sarney ao falar espanhol em viagem � Argentina; Dilma falando franc�s, etc.

Na pr�xima semana tratarei da radicaliza��o do outro lado, dos que n�o s�o PT.

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Roberto Muylaert, colunista do DIA Divulga��o

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