Educa��o bil�ngue para surdos

Por Edmarcius Carvalho Autor do livro 'Surdos - educa��o, direito e cidadania'

Edmarcius Carvalho -

O Dia Nacional da Educa��o de Surdos foi comemorado dia 23 de abril, mas as lutas de pessoas com surdez para o reconhecimento de suas diferen�as sociais e lingu�sticas � tarefa do ano inteiro.

A Lei 10.436/02 reconhece a Libras (L�ngua Brasileira de Sinais) como forma de comunica��o de pessoas surdas, de natureza visual-motora e estrutura gramatical pr�pria.

Com a lei, os surdos s�o reconhecidos como os que utilizam a Libras como sua l�ngua principal e com viv�ncias sociais a partir dos sinais. Assim, vivenciam suas realidades e as compartilham, sobretudo, em associa��es - territ�rios em que se estimula o uso dessa l�ngua.

J� os deficientes auditivos s�o aqueles que apesar de limita��es auditivas n�o se reconhecem como surdos e n�o utilizam a Libras. A distin��o � importante quando se discute a educa��o de surdos: a proposta da Educa��o Especial do MEC (da d�cada de 1990) estabelece que as pessoas com defici�ncia (inclusive deficientes auditivos e surdos) estejam em escolas regulares, com o intuito de se garantir a aprendizagem e a sociabilidade por interm�dio de apoio de tradutores-int�rpretes e do atendimento educacional especializado.

Atualmente, discute-se a necessidade da Educa��o Bil�ngue para os surdos, em que a forma��o inicial se d� em Libras e em salas espec�ficas, nas escolas regulares. A proposta se justifica: a crian�a surda que aprende Libras nos primeiros anos da vida escolar constr�i uma identidade a partir de suas diferen�as sociolingu�sticas, assim estando apta � inclus�o em salas regulares.

V�-se a import�ncia de um tema como este todos os dias!

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