N�o � dif�cil imaginar um projeto em que o Brasil possa cumprir o preceito da Constitui��o Federal em que o Governo deve promover o bem de todos, sem preconceito de origem, ra�a, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discrimina��o.
Estamos distantes disso, a come�ar pela diferen�a abissal de renda entre as camadas ricas e pobres da popula��o.
A sociedade afluente do Brasil tem uma certa dificuldade em entender que uma diferen�a como a que se chegou por aqui n�o ajuda a ningu�m. Seria melhor morar num pa�s mais justo, com um m�nimo de educa��o, sa�de, e renda para todos, com os milh�es de funcion�rios se empenhando para minorar as dificuldades de quem enfrenta os servi�os p�blicos.
A sa�da mais comum dos incomodados � para Miami, ou Lisboa, deixando para tr�s esse pa�s "t�o desagrad�vel e inseguro para quem caminha pelas ruas das grandes cidades". Esse pessoal que agora viaja e fica no exterior ganhou dinheiro aqui, nas fases econ�micas favor�veis da nossa economia. Refiro-me aos que ganharam dinheiro dando duro, n�o aqueles que ficaram milion�rios por vias excusas. Estes, em geral, s�o os que mais empinam o nariz para seus semelhantes, mesmo que sua fortuna tenha vindo de uma informa��o privilegiada, por exemplo, quanto a uma desvaloriza��o do d�lar.
A eles se aplica a frase de Machado de Assis, em 'Mem�rias P�stumas de Br�s Cubas', sobre a moeda de Vespasiano, onde o imperador romano imp�s tributos at� para o uso das latrinas. Questionado por seu filho, disse: "dinheiro n�o tem cheiro".
Para melhorar o pa�s e dar oportunidade a quem precisa e espera h� muito tempo temos uma enorme lacuna nos Tr�s Poderes, de onde n�o surgem solu��es que beneficiem o povo. Parece que a �ltima coisa que comove quem det�m o poder � promover o bem de todos.
Se fosse poss�vel ter esses poderosos a servi�o da na��o, o quadro da desigualdade seria minimizado pelo trabalho de todos, deixando a livre iniciativa gerar empregos.
Os governos populistas, adeptos do socialismo entre pa�ses, acham que tudo deve virar estatal, com recursos na m�o do governo, para distribuir em programas sociais. Isso vale em casos extremos, como o programa Fome Zero. Fora isso n�o faz sentido concentrar recursos na m�o de uma estrutura perdul�ria e desonesta, que levou ao quadro de hoje, onde n�o h� dinheiro que chegue para suprir as gorduras governamentais. O Poder Executivo e as empresas estatais est�o sempre falidos, por excesso de gastos e uma inoper�ncia hist�rica, fora a roubalheira. Por isso, precisam arrecadar mais e mais, para depois desperdi�ar os recursos que um dia foram nossos. Melhor deix�-los com quem trabalhou para ganhar o dinheiro. E que seja minimizado o Estado que cria problemas e emperra atividades.
