Corregedoria investiga uso de helicóptero da Core para passeios

Flagrante foi feito neste domingo na Lagoa Rodrigo de Freitas. Os responsáveis pelos voos irregulares podem ser suspensos por 90 dias, além de terem que ressarcir o valor referente ao combustível gasto durante os passeios

Por O Dia

Helicóptero da Polícia Civil é usado para passeios na Lagoa
Helicóptero da Polícia Civil é usado para passeios na Lagoa -

Rio - A Corregedoria da Polícia Civil abriu uma sindicância para apurar o uso de um helicóptero da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) para passeios. O flagrante aconteceu neste domingo em um heliporto da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, conforme mostrou reportagem da rádio BandNews. 

Uma ouvinte da emissora de rádio filmou o embarque e desembarque de passageiros na aenonave, entre 10h e 10h30. Segundo ela, o helicóptero fazia voos panorâmicos pelo Cristo Redentor e pela Lagoa Rodrigo de Freitas, com viagens entre cinco e dez minutos. Pelo menos três grupos, formados por mulheres e crianças, passearam no helicóptero. 

Ao DIA, o corregedor da Polícia Civil, delegado Gilson Emiliano, disse que a aeronave foi usada pelo filho de Bruno Guimarães Buhler, o Xingu, que levou amigos para o local. O objetivo era conhecer o ambiente em que o pai trabalhava, tirar fotos, mas, segundo Emiliano, o voo não era para ter sido realizado.

"Isso é inadmissível, lamentável. Era somente para conhecer o ambiente, tirar fotos, mas alguém se excedeu e levantou voo, o que é reprovável", disse o corregedor.

O piloto foi ouvido nesta segunda-feira e ainda prestarão depoimentos do staff que trabalha no heliponto e o chefe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a quem pertence o helicóptero. 

O prazo para conclusão da investigação. Os responsáveis pelos voos irregulares podem ser suspensos por 90 dias, além de terem que ressarcir o valor referente ao combustível gasto durante os passeios.

A reportagem da BandNews disse que a Comissão de Segurança Pública da OAB do Rio vai acionar o Ministério Público do Rio (MPRJ) para que ofereça denúncia contra os envolvidos por peculato (mau uso do dinheiro público). As penas variam de 2 a 12 anos de prisão.

 

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