Ap�s delegado ser baleado, moradores relatam inseguran�a na Urca

Evandro dos Reis reagiu a tentativa de assalto na noite desta quinta-feira. Na ocasi�o, ele estava acompanhado na filha e da neta

Por RAFAEL NASCIMENTO

Carro onde estava delegado foi atingido por v�rios disparos
Carro onde estava delegado foi atingido por v�rios disparos -

Rio - Após um delegado aposentado da Polícia Civil ser baleado, moradores relataram insegurança na Urca, Zona Sul do Rio. Evandro dos Reis José, de 70 anos, reagiu a uma tentativa de assalto na noite desta quinta-feira. Na ocasião, ele estava acompanhado da filha, Lívia José, e da neta. Lívia foi ferida por um projétil no rosto e a bebê nada sofreu. Uma hora antes, um arrastão teria acontecido dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Não se sabe se o mesmo bando participou da ação. 

O delegado, atingido na cabeça e tórax, passou por uma longa cirurgia na madrugada, ficou em observação e depois foi transferido para o Hospital São Lucas, em Copacabana. A filha dele também foi atendida e aguardava transferência, mas ainda não se sabe se isso ocorreu. Ela foi atingida no rosto. O estado de saúde de ambos é ainda é desconhecido.

Moradora do bairro há 4 anos, uma professora, que preferiu não se identificar, disse que a Urca está a cada dia mais perigosa. "Há muitos moradores de rua que intimidam as pessoas. Antes, tínhamos a alegria de dizer que essa área da Urca era o oasis do Rio. Nos últimos dias acordei com um intenso tiroteio no Morro da Babilônia", lembrou.

Já o jornalista José Roberto Serra, de 56 anos, disse que se assustou com os tiros e pensou que fosse alguma briga na rua. Ele afirmou que militares do Exército fazem patrulhamento no bairro, mas que o bairro está muito inseguro. "Precisamos ter uma política de segurança melhor, para tentar evitar o que está acontecendo no Rio", destacou.

A jornaleira Ana Mirez, de 52 anos, também lamentou a violência na Urca. "Aqui já foi um cantinho do céu, mas hoje é um inferno", definiu. Enquanto isso, a banca do jornaleiro Tiago da Silva, de 29 anos, que fica a 50 metros de onde ocorreu o crime, foi assaltada ano passado. Na ocasião, os criminosos levaram R$ 2 mil do estabelecimento e maços de cigarros.

'Um milagre ele estar vivo'

Moradores relataram que escutaram muitos tiros e pelo menos 13 disparos foram feitos durante o confronto. Uma moradora, que não quis se identificar, flagrou a ação dos criminosos. Segundo ela, um carro prata, modelo sedan, parou na frente do veículo do delegado, os bandidos desceram e anunciaram o assalto, mas o policial aposentado reagiu.

"O bebê começou a chorar muito desesperado e a mulher gritava por socorro. Os bombeiros demoraram mais de 20 minutos. É um milagre ele estar vivo", disse.

 

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