Na Grécia Antiga, berço dos Jogos Olímpicos, a prática esportiva era restrita aos homens, porque havia uma crença de que o corpo feminino padeceria sob esforço. Naquela época, as mulheres não podiam sequer assistir às competições. Hoje, aquele que já foi chamado de sexo frágil marca cada vez mais presença nos parques e academias. Segundo o IBGE, 46% dos 61,3 milhões de brasileiros com mais de 15 anos que praticam alguma atividade física são mulheres.
Praticante de musculação, a pedagoga Edilma Affonso sabe bem da importância de se dedicar aos exercícios. "O que me leva a continuar é a sensação de bem-estar. Fora os benefícios para a saúde e para o corpo", diz. A prática de exercício físico também ajuda a amenizar cólicas menstruais e sintomas de tensão pré-menstrual (TPM), principalmente por causa da liberação de endorfina.
TEMPO DE DEDICAÇÃO
Uma pesquisa elaborada pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, avaliou os efeitos do exercício físico na prevenção da doença cardiovascular em mulheres com idade média de 36 anos. De acordo com a análise, uma hora de exercício aeróbico por semana reduz em 26% o risco de entupimentos nas artérias. Quem pratica duas horas e meia de caminhada em passos rápidos tem uma probabilidade 35% menor de sofrer do coração.
Segundo o médico do Esporte Antônio Polaco, as respostas do organismo feminino aos estímulos de treinamento são semelhantes às masculinas, mas elas precisam estar atentas. "Como as mulheres possuem pernas em formato mais arqueado, elas correm maior risco de enfrentar problemas nos joelhos. Nas atividades de alto impacto, se não houver um bom fortalecimento muscular, pode haver sobrecarga no menisco e na cartilagem", alerta.
Vale lembrar que o dia a dia de toda a atividade física deve ser acompanhado por um profissional de Educação Física. Ele deve se responsabilizar pela orientação da prática do exercício.
