O mundo perdeu, h� uma semana, Stephen Hawking. O f�sico brit�nico, de 76 anos, era um dos cientistas mais influentes da hist�ria e, desde os 21 anos, vivia com Esclerose Lateral Amiotr�fica (ELA). A doen�a � provocada pela degenera��o progressiva de neur�nios motores, respons�veis pelo controle da musculatura do corpo. Pacientes, a exemplo de Hawking, sofrem paralisia gradual e, em geral, morte precoce como resultado da perda de capacidades importantes, como falar, movimentar, engolir e at� mesmo respirar.

O cientista n�o se abateu diante de um progn�stico de vida curta e construiu carreira de protagonismo, com descobertas que geraram imensos debates na f�sica te�rica e na astronomia; conseguiu sobreviver � ELA por 55 anos, tornando-se um dos nomes importantes da ci�ncia.

No Brasil, h� 14 mil pacientes diagnosticados com esse tipo de esclerose. Desde 2009, o Minist�rio da Sa�de, por meio do Sistema �nico de Sa�de (SUS), oferece assist�ncia e medicamentos gratuitos aos doentes com ELA, com base no que est� cientificamente comprovado. Em 2014, foi ampliado o cuidado a pessoas com doen�as raras, por meio da Pol�tica Nacional de Aten��o Integral �s Pessoas com Doen�as Raras, incluindo Esclerose Lateral Amiotr�fica.

No dia em que foi anunciada a morte de Stephen Hawking, o Minist�rio da Sa�de informou que investir� R$ 2,3 milh�es para encontrar novas alternativas terap�uticas para o tratamento da doen�a, al�m de buscar melhorias na qualidade de vida dos pacientes. O tratamento da ELA envolve pr�ticas integrativas e complementares como cuidados paliativos terap�uticos.

Mesmo ap�s 130 anos do primeiro diagn�stico, a cura da doen�a ainda � desconhecida. Voltando a Hawking: �s v�speras de se casar, a previs�o era de que ele n�o duraria mais de tr�s anos. Foi a primeira teoria que derrubou. Portanto, � bom prestar aten��o �s palavras do paciente cientista: "A energia pode escapar por dentro deles ou por fora, sabe at� para outro universo. Ent�o, se voc� se sentir num buraco negro, n�o desista: h� uma sa�da".