O povo n�o � mais bobo

Ainda � tempo de se avan�ar neste fim de governo, que tem bons projetos a serem submetidos ao Congresso

Por Arist�teles Drummond Jornalista

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A temporada de juros baixos nos principais mercados, como nas zonas do euro e do d�lar, acabou por permitir uma retomada do crescimento, com maior oferta de empregos e, recentemente, com aumentos salariais. Para confirmar a avalia��o, a produ��o mundial de autom�veis cresceu nos �ltimos 12 meses.

Assim, os pa�ses de economia emergente, que oferecem oportunidades maiores de ganhos, perdem seu atrativo face �s economias mais est�veis. Ficam, pois, neste momento, muito dependentes da China, que executa um audacioso projeto de investimentos diversificados na economia de dezenas de pa�ses, incluindo o Brasil. Desde a crise de 2008, a China deixou n�o apenas de crescer, aumentar sua produ��o, suas exporta��es, como tamb�m a investir diretamente em ativos no Ocidente, incluindo os EUA.

O Brasil precisa de investimentos e tem ativos para vender, que s�o as estatais n�o estrat�gicas, mas precisa preservar o seu empresariado, fortalecendo as empresas bem geridas e com qualidade no que fazem. N�o podemos sair de uma economia amarrada a estatais, com empresas privadas com pouca competitividade internacional, para uma economia predominantemente dominada por capitais estrangeiros. O ideal sempre � o equil�brio.

Para isso, temos de ter vontade pol�tica determinada. Diminuir impostos, eliminar parte da burocracia, passar um pente-fino na CLT. Judici�rio ser mais r�pido nas decis�es, infraestrutura compat�vel com as necessidades da produ��o e bons custos na cadeia dos transportes, contemplando portos, s�o condi��es elementares para estimular o investimento privado, inclusive o nacional. A imensa d�vida p�blica e juros ainda altos estimulam a especula��o financeira com pap�is p�blicos, sem riscos e sem trabalho. N�o � isso que atende o interesse do brasileiro.

Uma verifica��o do Or�amento da Uni�o, estados e munic�pios mostra que poder�amos ter servi�os melhores. Basta uma gest�o mais controlada e eficiente, o que, naturalmente, desestimularia a corrup��o.

Ainda � tempo de se avan�ar neste fim de governo, que tem bons projetos a serem submetidos ao Congresso, amparados em competentes campanhas de esclarecimento p�blico, afastando a explora��o demag�gica e irrespons�vel dos que querem o pior para tirar proveitos eleitorais. O povo n�o � mais bobo!

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Arist�teles Drummond, colunista do DIA Divulga��o

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