Revis�o de aumento do sal�rio m�nimo � descartada

Governo Temer garante que reajuste de apenas 1,81% ser� mantido como est�

Por O Dia

Rio - A revisão do aumento do salário mínimo desde ano de apenas 1,81% foi descartada pelo governo Temer. Ontem, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, garantiu que não haverá alteração do reajuste do piso em função da correção programada ter ficado aquém da inflação de 2017. Segundo o ministro, a lei de reajuste do mínimo prevê que pequenas variações possam ocorrer, sendo compensadas no ano seguinte.

"O valor do mínimo não é uma decisão do governo federal, que apenas aplica a lei que está em vigor. O reajuste é aplicado no dia primeiro de janeiro, mas a inflação oficial do ano anterior só é divulgada alguns dias depois. Então, o reajuste sempre é feito em cima de projeções", explicou o ministro,concedida à rede estatal de TV NBR.

Segundo a Agência Estadão Conteúdo, Oliveira lembrou que o reajuste em 2017, por exemplo, ficou um pouco acima da inflação de 2016 e agora um pouco abaixo. "Isso vem sendo feito todos os anos. A própria lei prevê que se pode compensar essas pequenas diferenças".

O mínimo deste ano é de R$ 954, um pouco acima do valor de 2017, que era de R$937, uma diferença de apenas R$ 17. A elevação no mínimo em 2018 fixada pelo governo foi de 1,81%, a menor desde a criação do Plano Real e abaixo do resultado do INPC, que subiu 2,07% no ano passado.

Ação no STF de aposentados

Neste mês, o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), ligado à Força Sindical, ingressou na semana passada com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar o reajuste. Nos cálculos da entidade, o salário mínimo deveria ser fixado em R$ 958 este ano.

A ação pede revisão imediata do valor, sob pena de causar prejuízo de R$ 52 ao ano a cada trabalhador. O mínimo também é o valor de cerca de dois terços das aposentadorias no país.

Discurso desafinado

Membros do alto escal�o do governo Temer n�o conseguem se entender quando o assunto � Reforma da Previd�ncia. O discurso, pelo visto, est� desafinado. Inclusive ontem o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, convocou uma coletiva de imprensa para desmentir declara��es do colega da Fazenda, Henrique Meirelles, de que a PEC 287 poderia ficar para novembro, ou seja, somente ap�s as elei��es.

"O ministro Meirelles n�o participou das �ltimas conversas que tivemos aqui. Ele foi para Davos (Sui�a) antecipadamente com afazeres intensos. N�o participou das �ltimas reuni�es do fim de semana e talvez por isso tenha colocado a sua opini�o, seu pensamento. Mas, na verdade, n�o condiz com o pensamento do governo", disse Marun, que � da tropa de choque de Temer para aprovar a reforma.

Na entrevista coletiva com Marun, por�m, o ministro Meirelles voltou atr�s e mudou o que disse: "A expectativa � em fevereiro, e n�o em novembro".

Militar ter� mudan�as na aposentadoria

Ao ser questionado sobre o fato de os militares n�o estarem na Reforma da Previd�ncia, Dyogo Oliveira respondeu que o governo negociar� mudan�as na aposentadoria das For�as Armadas, ap�s a vota��o da PEC 287 no Congresso.

"Os militares t�m uma situa��o diferenciada, porque eles sempre t�m que estar � disposi��o do pa�s", alegou.

O ministro reafirmou ontem que o governo Temer lutar� "continuamente e diariamente" pela vota��o e aprova��o da reforma. Ele descartou a hip�tese de a vota��o ficar para novembro e enfatizou que os esfor�os s�o para a an�lise da mat�ria em fevereiro. "N�o trabalhamos com hip�tese de votar Previd�ncia em novembro", afirmou Oliveira.

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