Como economizar no plano de sa�de

Novas cl�nicas populares chegam ao Rio e oferecem consultas entre R$ 59 e R$ 130, al�m de exames laboratoriais mais baratos

Por MARTHA IMENES

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planosaude - arte kiko

Rio - A cada dia uma novidade no mercado de planos de saúde: novas normas, ampliação de atendimentos - agora são obrigados a oferecer mais 18 procedimentos, inclusive para tratar câncer -, restrições de anúncios de clínicas populares, e por aí vai. No meio dessa confusão de normas e regulamentos está o consumidor que por conta do alto desemprego - que atinge 12 milhões de pessoas - fica sem ter como pagar o convênio médico. Para suprir uma demanda de 1,5 milhões de pessoas sem planos (dados da ANS), mais clínicas populares surgem. Esse é o caso, por exemplo, da gaúcha Docctor Med, que inaugurou uma unidade em Benfica, Zona Norte do Rio, em outubro passado, com preços de consultas que variam de R$59 a R$ 89.

A Docctor Med oferece as especialidades de clínica geral, ginecologia, cardiologia, pediatria, psicologia, odontologia, dermatologia, urologia, reumatologia, medicina do trabalho, medicina da família, oftalmologia, psiquiatria, geriatra, nutrição, otorrinolaringologia. Nela tem ainda exames laboratoriais e de imagem a preços mais em conta. Um hemograma, por exemplo, sai a partir R$ 8 e a ultrassonografia por R$ 80. A clínica fica dentro da Cadeg, na Rua Capitão Félix 110, sobreloja 1,2,3 e 4.

"O paciente que não tem condições de pagar um plano de saúde ou de esperar a saúde pública procura por nós", conta Geílson Silveira, presidente-executivo e fundador da Docctor Med.

Outras opções

Outra opção no mercado carioca será a Medic Mais, que vai inaugurar duas unidades agora em fevereiro: uma na Taquara, na Estrada do Tindiba 2.625. E outra em Niterói, na Rua General Andrade Neves 118, em São Domingos, Niterói.

Serão oferecidos mais de mil exames a partir de R$ 5 e consultas que variam de R$ 80 a R$ 130. Entre as especialidades nas unidades estão cardiologia, clínico geral, dermatologista, neurologia, nutrição, ortopedia, fisioterapia, pediatria e odontologia.

 

Conv�nios t�m mensalidade a partir de R$ 101 na faixa inicial

Claudio Zoghbi da Coopclass Corretor antes de aderir ao plano deve-se procurar refer�ncias sobre conv�nio e se tem autoriza��o da ANS - Daniel Castelo Branco
Marcelo de Souza, da Flap Corretora de Seguros: 'H� cl�nicas populares confi�veis e de qualidade' - Divulga��o

Quem quiser optar por planos de sa�de com pre�os mais em conta, pode dar uma pesquisada nos valores da Salutar e da Samoc, por exemplo. As mensalidades variam de R$ 101,95 (de 0 a 18 anos) a R$ 200 (de 29 a 33 anos), respectivamente. Na faixa acima de 59 anos de idade, que possui os pre�os mais altos, os valores v�o de R$ 850 a (Samoc) R$ 607,95 (Salutar). "As coberturas e a rede referenciada devem ser levadas em conta antes de optar por um plano", orienta Marcelo de Souza, da Flap Corretora de Seguros, que fica no Centro do Rio.

Existem planos mais caros, acrescenta Marcelo, por isso � preciso avaliar a rela��o custo-benef�cio.

Na Assim Sa�de, por exemplo, tem conv�nios que v�o de R$ 201,23 (0 a 18 anos), passando por R$379,43, na faixa intermedi�ria de 39 a 43 anos, e R$1.207,02 para quem tem mais de 59 anos de idade.

E na Amil, quem tem at� 18 anos desembolsa R$172,71 em um plano sem coparticipa��o, de 39 a 43 anos a mensalidade sai a R$ 342,86 e os mais velhos (acima de 59) pagam R$ 1.031,28.

Com pre�os mais em conta, as cl�nicas com planos populares s�o realmente um atrativo para quem est� sem conv�nio, mas algumas precau��es devem ser tomadas para n�o "ficar no meio do caminho".

De acordo com Marcelo Flap, � preciso, antes de aderir a qualquer plano, procurar refer�ncias sobre o conv�nio que pretende contratar e se ele tem autoriza��o da Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS) para poder funcionar.

Ainda de acordo com ele, h� cl�nicas populares que oferecem atendimento mais barato e isso pode facilitar a vida do usu�rio. "H� pequenas unidades bastante confi�veis que prestam servi�os de qualidade a um pre�o acess�vel e que tem autoriza��o do Cremerj", diz.

Conselho pro�be an�ncio. Associa��o questiona

O consumidor que j� sofre com a precariedade da presta��o do servi�o p�blico de sa�de, que n�o tem como bancar as altas mensalidade de um plano de sa�de tradicional, agora pode ter dificuldades para driblar a crise e encontrar um conv�nio m�dico que caiba no bolso.

Uma resolu��o do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicada na �ltima quarta-feira no Di�rio Oficial impede as cl�nicas populares de anunciarem seus pre�os em an�ncios publicit�rios, entre outras determina��es.

A medida essa contestada pela Associa��o Nacional de Assist�ncia ao Consumidor e ao Trabalhador (Anacont). "Essa norma do conselho fere o Artigo 6� do C�digo de Defesa do Consumidor, que diz ser "obriga��o das empresas a dar informa��o clara e precisa de todos os servi�os ofertados", adverte Jos� Roberto Soares de Oliveira, presidente da entidade.

"Nos supermercados, por exemplo, os pre�os dos produtos ficam expostos e s�o divulgados para informar aos consumidores sobre promo��es. Por que as cl�nicas populares ter�o que manter os valores dos seus servi�os no interior das unidades? A determina��o do conselho de medicina n�o tem nexo", critica o advogado.

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