Fernando Scarpa: e Lula 'deu PT'

Lamento o extravio do nosso ex-presidente, triste fim de quem um dia foi esperan�a e agora agoniza, agride pessoas e institui��es com bord�es deprimentes

Por Fernando Scarpa Psicanalista

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Rio - O ano começou com a expectativa da iminente prisão da 'vedete' do momento. O partido se mobilizou ao exagero, muitos temiam, alguns desejavam a prisão que não iria acontecer. A dificuldade de Lula e trupe com figuras de autoridade é gritante, esperneiam como crianças mal-educadas, contrariadas com o papai.

O ex-presidente e partido, que veneravam "azelites", acabaram como elas. Eleito duas vezes, Lula ainda emplacou Vana, o "poste", segundo a marqueteira da campanha. No poder, o operário era a esperança: prometia combate firme à corrupção. Lástima! Caiu em desgraça no Mensalão, e lá ia o "Filho do Brasil" provar o que é governar com um monte de partidos. Ingênuo, escorregou feio, mas teve uma chance. Joaquim Barbosa o salvou, mas ele não aprendeu a lição.

Olhava os ricos e a classe média como meta, objetivo de vida. Era a inveja dele e do partido. Atingiram o poder, enlouqueceram, amaram e se proliferaram. Em anos no poder, se aparelharam como nenhum outro partido ousou fazer. Vale a reverência! Emplacaram sete ministros no STF, além de capitanearem estatais.

O projeto de permanência no poder seguia levado por ventos fortes e armazenados não fosse Vana, a biruta intempestiva, cismar em governar sem ouvir o Senado. Metida a economista, mentiu, acabou impichada.

O PT, viciado no poder, não consegue obedecer à ordem: são anos seguindo a lei do "eu quero, eu posso, eu negocio, eu transgrido". Eles se imaginam acima do bem e do mal. Hoje, vencidos no Judiciário, são vermelhos de ódio, não de ideologia. Perigoso retornar ao governo, perigosa a gestão vingativa. O país precisa de ordem, gestão eficiente; ressentimentos e conchavos não fazem prosperar nações. Que a cadeia lhe seja leve, terapêutica, e ensine os limites da lei. Casar, descasar, morrer, ser preso? São ocorrências de uma vida, qualquer simples mortal está suscetível, somos contingentes.

Lamento o extravio do nosso ex-presidente, triste fim de quem um dia foi esperança e agora agoniza, agride pessoas e instituições com bordões deprimentes. Deseja recuperar na marra o que um dia conquistou e perdeu. Triste fim de um líder que se desmorona junto ao partido no fim patético da era PT: Perda Total.

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Fernando Scarpa, colunista do DIA Divulga��o
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