Rio - O projeto de lei que autoriza a privatiza��o da Eletrobras e est� em fase final de an�lise na Casa Civil da Presid�ncia da Rep�blica deixou de fora a revitaliza��o do Rio Para�ba do Sul, essencial para tr�s estados estrat�gicos em rela��o ao fornecimento de energia do pa�s - Rio, S�o Paulo e Minas Gerais. O projeto vai incluir, justificadamente, a��es de revitaliza��o na bacia do Rio S�o Francisco, que v�o ganhar refor�o de R$ 9 bi com a transfer�ncia de controle da estatal para o setor privado. Mas n�o deveria deixar de fora o Para�ba do Sul, cuja bacia de 1.200 Km de comprimento abrange 184 munic�pios (88 em Minas, 57 no Rio e 39 em S�o Paulo).

Atravessa uma das regi�es mais desenvolvidas e urbanizadas do pa�s e assume papel vital em terras fluminenses pois ocupa metade da �rea do estado e � respons�vel pelo abastecimento de �gua e energia de 80% da popula��o. Passa, dentre outras, por Pira�, Volta Redonda, Resende, Vassouras, Valen�a, atravessa Campos at� chegar � sua foz, em S�o Jo�o da Barra. Com o crescimento urbano, o incremento da demanda por energia e recursos naturais e o uso intensivo do solo e recursos h�dricos, a bacia do Para�ba do Sul est� degradada.

Recebe toneladas de esgoto in natura e despejos industriais que agridem as margens, destroem a vegeta��o ribeirinha e atingem a vida aqu�tica reduzindo esp�cimes de animais e plantas que dependem do ecossistema. Os munic�pios e os estados que dependem do Para�ba t�m projetos em andamento para atenuar as amea�as e revitalizar a regi�o, mas precisam de investimentos para recuperar a bacia hidrogr�fica.

O governo n�o pode, e n�o deve, esquecer que a despolui��o e limpeza do leito, implanta��o e melhoria do sistema de esgotamento das comunidades ribeirinhas de baixa renda, preserva��o e conserva��o ambiental do rio, reflorestamento das margens, desassoreamento do leito, obras para evitar eros�es s�o tamb�m miss�o e tarefa federal. O projeto que destina recursos para o Rio S�o Francisco deve contemplar o Para�ba do Sul.

S�rgio Malta � presidente do � Conselho de Energia da Firjan