A placa padrão Mercosul foi aprovada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e começará a ser utilizada pelo Brasil em setembro deste ano. Há muito aguardada, a decisão do órgão foi divulgada na quinta-feira, no Diário Oficial da União. O texto da resolução determina que carros novos deverão utilizar o novo modelo a partir de setembro. Mas o prazo final para que toda a frota esteja atualizada é até 2023.
O novo design foi desenvolvido pelo grupo sul-americano e já está sendo utilizado na Argentina e Uruguai. As novas placas terão um fundo branco e uma tarja azul na parte superior. No lado esquerdo, haverá o logo do Mercosul. Do lado direito, a bandeira da federação. E no centro da tarja azul, o nome do país. Além disso, abaixo da bandeira, ficará a identificação do estado e da cidade. Segundo a resolução do Contran, todas as placas terão sete caracteres alfanuméricos estampados em alto relevo. A combinação aleatória das letras e números será fornecida pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Hoje, a identificação é formada por três letras e quatro números. O tamanho das placas segue igual (40 centímetros de comprimento por 13 de largura).
Ao contrário do que é praticado hoje, quando o fundo das placas muda de cor para identificar o tipo de veículo (comercial, diplomático, teste, etc), o que mudará no novo sistema é a cor das letras e números. O fundo permanece branco. Cor preta para veículos de passeio, vermelha para veículos comerciais, azul para veículos comerciais e verde para os que estiverem em teste. Diplomáticos usarão o dourado. Os colecionadores serão identificados pela cor prateada. É o fim da popular placa preta.
Itens de segurança estarão presentes na nova identificação. Para evitar falsificações e clonagens, as placas terão chip, marca d'água com o nome dos países que compõem o grupo grafadas na diagonal e código de barras bidimensional (Qr Code). A justificativa do órgão para a mudança é que o novo sistema irá padronizar e facilitar a identificação dos veículos que circulam nos países sul-americanos. Além disso, a mudança ajudará no controle sobre infrações dos veículos.
Aprovada em 2014, a placa padrão Mercosul lembra o sistema utilizado na Europa. O modelo era requisitado pela Argentina, que já estava no limite do seu sistema de identificação. No Brasil, segundo o Denatran, a mudança aguardava a criação um sistema de integração dos registros para todos os países do Mercosul.
