Servidores estaduais vão à Justiça para cobrar juros por atrasados

Entidades que representam as categorias pedirão correções em relação ao 13º de 2016, de 2017 e salários mensais

Por PALOMA SAVEDRA

Sindicatos que representam mais de 40 categorias vão entrar com ações no Tribunal de Justiça do Rio
Sindicatos que representam mais de 40 categorias vão entrar com ações no Tribunal de Justiça do Rio -

Rio - O governo estadual quitou ontem o 13º do ano passado de 166.607 servidores ativos, aposentados e pensionistas, zerando a dívida com o funcionalismo. No entanto, para as categorias, os débitos não foram devidamente acertados. E o Movimento Unificado dos Servidores Públicos (Muspe) promete uma enxurrada de ações na Justiça para pedir o pagamento de juros sobre os abonos natalinos de 2016 e de 2017, além dos salários mensais. 

O Muspe é composto por mais de 40 entidades e, segundo os representantes dos servidores, serão diversas ações propostas por cada categoria. Os servidores também vão cobrar, por meio de articulações políticas, a retomada dos depósitos dos vencimentos no segundo dia útil do mês seguinte ao trabalhado — como era antes da crise do estado estourar.

As medidas já eram pensadas e, ontem, em reunião, o movimento decidiu levá-las à frente. "O Muspe está retomando a luta unificada. Vamos cobrar os juros de todos os atrasados e também a reposição anual pela inflação, prevista na Constituição Federal", declarou Márcio Garcia, presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol).

"Quando atrasou o 13º de 2015, o estado pagou devidamente com os juros. Então, esse será mais um precedente que vamos usar. E temos o receio que, após a eleição, a situação do funcionalismo volte a se agravar", declarou Ramon Carreira, do Sind-Justiça.

Em nota enviada ontem após a quitação do 13º, o governo afirmou que a regularização dos salários é o principal efeito imediato da adesão do Rio à recuperação fiscal, em 5 de setembro de 2017, e ressaltou o longo caminho percorrido pelo governador Luiz Fernando Pezão para isso.

"Eu sei que é um atraso (o 13º) e, mais uma vez, peço desculpas aos servidores, mas atravessamos a maior crise do país. Eu acredito e vamos trabalhar muito para que isso não ocorra mais. Eu sei quanto isso custou a todos nós, sei que é minha obrigação, mas hoje eu me sinto aliviado por ter quitado essa dívida", declarou o governador.

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