Armas apreendidas no Gale�o s�o avaliadas em mais de R$ 4 milh�es

Aparato b�lico custa entre 50 e 70 mil reais no mercado do crime. Brasileiro que reside em Miami � suspeito de integrar quadrilha e � procurado

Por O Dia

Rio - As armas apreendidas na tarde desta quinta-feira no Aeroporto Internacional do Rio (Gale�o) valem mais de R$ 4 milh�es, informou a Pol�cia Civil. Ainda segundo a coorpora��o, o aparato b�lico � vendido por 50 a 70 mil cada um no mercado do crime. 

Armas apreendidas no setor de cargas do Gale�oWhatsApp O DIA (98762-8248)

"A opera��o de hoje � um duro golpe nessas organiza��es criminosas. Elas perderam esse armamento. Vamos representar para que essas armas sejam destinadas para utiliza��o da Pol�cia Civil", disse Tiago Dorigo, delegado assistente Delegacia de Roubo de Cargas. 

As investiga��es que levaram a apreens�o desta quinta come�aram ap�s a morte de um policial militar em S�o Gon�alo, no ano de 2015. "Essa investiga��o tramita h� mais ou menos 2 anos. Ela come�ou a partir da investiga��o do homic�dio de um PM que morreu v�tima de um assalto. A partir disso, a pol�cia seguiu rastro da arma utilizada e descobriu essa quadrilha", contou o delegado. 

Segundo investigadores, a quadrilha j� pode ter trazido outros 30 carregamentos como este para o Rio. Ou seja, 1.800 fuzis. Um brasileiro que est� em Miami foi identificado pela pol�cia como integrante da organiza��o criminosa. A identidade do homem n�o foi revelada para n�o atrapalhar as investiga��es. 

Resultado da opera��o 

Durante a opera��o, realizada nesta quinta, quatro pessoas foram presas. Os suspeitos, que n�o tiveram a identidade revelada, moravam em Niter�i, Jacarepagu� e na Baixada Fluminense. Dois deles eram respons�veis pelo recebimento e distribui��o das armas. J� os outros dois ficavam responsav�is pelo desembara�o aduaneiro e pelo transporte do aeroporto at� o galp�o da organiza��o criminosa, respectivamente.

A pol�cia tamb�m apreendeu mais de 60 armas de guerra, entre elas: 45 AK47, 14 AR10 e 1 G3. 

'Calamidade p�blica'

Durante a coletiva de imprensa sobre o caso, o Secret�rio de Seguran�a, Roberto S�, afirmou que vivemos em um Estado de calamidade p�blica. "Estou tomado pela emo��o e pela indigna��o, mas tenho que parabenizar a Pol�cia Civil. Preciso ressaltar que a gente esta em Estado de calamidade p�blica, que esse policiais est�o sem d�cimo terceiro, metas, RAS... Fato esse que n�o nos impediu, de por amor e voca��o, todos os dias darmos respostas a criminalidade", disse. 

De acordo com Roberto S�, em 150 dias 250 fuzis foram apreendidos. Al�m disso, ainda segundo o secret�rio, o estado do Rio de Janeiro tem 60 mil mortos por ano, 80% deles por arma de fogo. "Quantas pessoa v�o deixar de morrer com a apreens�o desses fuzis? Isso � medida estruturante. Me sinto enxugando gelo, mas ai da sociedade se a gente nao enxugasse gelo dia ap�s dia". 

"Que pa�s n�s queremos? N�o adianta achar que a Pol�cia todo dia vai fazer uma opera��o como essa. � preciso um pacto Nacional (...). Do jeito que est� a legisla��o, os criminosos n�o ficam presos muito tempo e voltam a delinquir", finalizou. 

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