Empres�rio � suspeito de enviar carregamento com 60 fuzis

Brasileiro com casa nos EUA � investigado desde 2009. Outros quatro suspeitos est�o presos

Por O Dia

Rio - O �rg�o de combate �s drogas dos Estados Unidos identificou como sendo o empres�rio Frederik Barbieri o homem suspeito de enviar, de Miami, nos Estados Unidos, cont�ineres com os 60 fuzis apreendidos no Aeroporto Internacional do Rio na quinta-feira.

Ele � brasileiro, possui moradia no exterior e � dono de uma empresa de transportes. A informa��o coincide com a investiga��o da Pol�cia Civil, que j� procura Barbieri desde 2009. As armas estavam guardadas em filtros de piscina e foram envoltas em fita isolante.

Armas estavam guardadas em filtros de piscina, envoltos em fita isolante e papel alum�nio, com isopor dentroM�rcio Mercante / Ag�ncia O Dia

Havia isopor no meio delas. Para envolver os filtros, foi usado papel alum�nio. Entre os fuzis apreendidos estavam modelos novos de AK-47, G3 e AR-10. Esse �ltimo � o fuzil mais moderno usado pelas for�as especiais policiais do Rio, como Bope, Core e BBChoque. Suas primeiras apreens�es ocorreram no ano passado.

De acordo com o delegado Maur�cio Mendon�a, titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, a pol�cia est� tentando identificar todos os envolvidos na compra do armamento. �O objetivo final dessa busca � identificar o primeiro comprador, quem teve o primeiro contato com essa arma de fogo para n�s construirmos a cadeia at� a chegada dela aqui no Brasil�, disse.

A empresa respons�vel pela carga � a LSBN Gest�o Corporativa Comercial Limitada. Representantes da companhia ser�o chamados para depor. Trinta cargas da mesma empresa j� realizaram entregas no mesmo caminho.

Quatro homens foram presos, todos no Rio, suspeitos de envolvimento no tr�fico dos fuzis: Luciano Andrade Faria (dono de uma transportadora), o despachante M�rcio Pereira, e os comparsas Jo�o V�tor Silva Rosa e Jos� Carlos dos Santos Lins. Jo�o Vitor � apontado pela pol�cia como homem de confian�a do chefe da quadrilha.

As investiga��es apontam que ele, capturado dentro de uma academia de gin�stica em S�o Gon�alo, era o respons�vel por negociar os armamentos com os criminosos.

O lucro estimado com a venda dos fuzis seria de R$ 3,5 milh�es. A carga teria sido comprada legalmente nos Estados Unidos e seria comercializada para traficantes com um valor 20 vezes superior ao da compra.

Segundo a pol�cia, o suspeito n�o fornece as armas para uma fac��o espec�fica. �Seu interesse � o lucro, por isso ele negocia com quem estiver interessado nos produtos, independentemente de fac��o�, disse o delegado Fabr�cio Oliveira, titular da Desarme (Delegacia de Armas e Explosivos).

Segundo ele, a conclus�o sobre o fornecimento diversificado ocorre porque a quadrilha possui diferentes motoristas para entregar as armas nas favelas de fac��es rivais � um deles � respons�vel pelas comunidades dominadas pelo Comando Vermelho (CV), e o outro por aquelas comandadas pelos Amigos dos Amigos (ADA) e Terceiro Comando Puro (TCP). As armas passam por per�cia. 

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