Rio - Embora não seja tão conhecido pela população, o câncer colorretal é a quarta causa de morte por câncer no mundo e está cada vez mais presente no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), só em 2018 serão mais de 30 mil novos casos. E a maior incidência está na região Sudeste, onde a doença já é o segundo câncer mais comum entre mulheres e o terceiro entre homens.
"A alimentação é um dos principais fatores de risco. Por isso, a incidência pode variar", afirma o oncologista clínico Felipe Ades. Geralmente, a doença começa com o crescimento anormal das células do cólon ou reto, resultando em pólipos que podem ou não se transformar em câncer. No entanto, é possível detectar essas alterações antes que elas ofereçam risco, por meio de exames regulares para diagnóstico, que devem ser feitos a partir dos 50 anos. Os exames de rastreamento podem ser feitos por dois métodos principais: a pesquisa anual de sangue oculto nas fezes ou a colonoscopia a cada cinco ou dez anos. "Quando detectado no início, o câncer colorretal pode ser curado em até 90% dos casos", afirma o médico.
Sinais e tratamento
Entre os principais sinais de alerta para a doença estão alterações no hábito intestinal, dores abdominais, emagrecimento sem causa identificável, sangramentos ao evacuar e anemia em pessoas acima dos 60 anos. Além dos exames periódicos, também é importante ficar de olho nos fatores de risco, como consumo excessivo de carnes vermelhas, alimentos defumados e álcool. O cigarro e a obesidade também são agravantes.
A cirurgia é um dos pilares do tratamento com alto nível de eficácia, quando a retirada do tumor é feita antes que os linfonodos sejam atingidos. Caso eles tenham sido acometidos, podem ser indicados tratamentos complementares, como a quimioterapia.