Trinta pessoas suspeitas de lavar dinheiro atrav�s de t�quetes alimenta��o e vales transporte prestaram depoimento, ontem, na Pol�cia Civil. Desse total, cinco j� foram indiciadas pelos crimes de associa��o criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideol�gica e crime contra a economia popular. Somadas, as penas podem chegar a 20 anos de pris�o. Foram cumpridos 46 pedidos de busca e apreens�o no Rio, na Baixada Fluminense e em Londrina, no Paran�.

Os suspeitos de formar quatro quadrilhas s�o donos de estabelecimentos do ramo da alimenta��o, que enviavam m�quinas de cart�o de cr�dito a escrit�rios, onde trabalhadores trocavam os cr�ditos do cart�o alimenta��o por dinheiro. As taxas cobradas pelo servi�o ilegal variavam entre 15% e 18%. Os valores eram divididos entre os criminosos envolvidos na a��o.

A delegada Patr�cia Aguiar disse que algumas dessas empresas n�o tinham funcion�rios e estavam registradas em endere�os inexistentes. "H� ind�cios de que apenas uma quadrilha movimentou, em um m�s, R$ 12 milh�es", disse, acrescentando que os trabalhadores que se beneficiaram do esquema podem ser demitidos por justa causa.

Os vales transporte eram entregues nos escrit�rios e enviados �s empresas de �nibus e vans coniventes com o esquema. L�, os cart�es eram descarregados nos leitores magn�ticos dos ve�culos. As taxas cobradas pelos criminosos eram de at� 50%.

A Opera��o Fantoche, como foi chamada a a��o, � resultado de uma investiga��o iniciada h� tr�s meses pelo Minist�rio P�blico do Rio, que constatou transa��es financeiras altas em empresas de pequeno porte, como padarias e lanchonetes. Ao todo, foram apreendidas 146 m�quinas de cart�o de cr�dito e mais de R$ 121 mil, al�m de cerca de dois mil cart�es alimenta��o.