Uma demonstra��o federal de que a Educa��o est� longe de ser prioridade foi o veto do presidente Michel Temer � verba complementar de R$ 1,5 bilh�o ao Fundeb. O Fundo de Manuten��o e Desenvolvimento da Educa��o B�sica e de Valoriza��o dos Profissionais da Educa��o vai deixar de receber esses recursos no or�amento aprovado para 2018. A atitude do presidente se torna mais repugnante, ainda, quando constatamos que esse foi o �nico veto de Temer no or�amento.

Essa verba complementar, oriunda de impostos, seria destinada a munic�pios brasileiros, extremamente carentes no ensino, onde a arrecada��o n�o � suficiente para garantir o valor m�nimo nacional por aluno ao ano. Vale lembrar que a complementa��o m�nima ao fundo est� garantida por ser uma previs�o constitucional. A m�o insens�vel do presidente cortou a verba num momento em que nos deparamos com dados recentes do IBGE apontando que o Brasil ainda tem cerca de 11,8 milh�es de analfabetos, o que corresponde a 7,2% da popula��o de 15 anos ou mais.

As maiores pot�ncias mundiais cresceram a partir do investimento maci�o na Educa��o. Aqui, o que vemos crescer � a corrup��o e a mente cauterizada de pol�ticos a quem parece interessar a ignor�ncia covarde do povo. Como consequ�ncia, o Plano Nacional de Educa��o j� acumula in�meros atrasos no cumprimento de suas metas e estrat�gias.

Para avan�armos com o vigor necess�rio a fim de superar o atraso educacional, teremos que ter mais investimentos, com melhor gest�o. E n�o � poss�vel tecer um novo cen�rio educacional sem valorizar os profissionais que alavancam esse processo.

A Educa��o n�o pode estar vinculada �s oscila��es econ�micas e fiscais. Os recursos educacionais precisam ser permanentes e geridos n�o s� com t�cnica, mas com o m�nimo de sensibilidade de quem entenda que o desenvolvimento que buscamos e a paz com a qual sonhamos jamais ser�o poss�veis sem Educa��o.